A seleção brasileira seu último amistoso antes da estréia nas Eliminatórias da Copa do Mundo, contra o México, faz nesta quarta-feira, às 21h30 de Brasília, escreve Esradão. E nada melhor para deixar o moral da equipe elevado do que superar o adversário responsável pela única derrota do Brasil na Copa América. Foi na primeira fase da competição, 2 a 0 para os mexicanos, a segunda derrota sofrida pela seleção sob o comando de Dunga - a primeira havia sido num amistoso contra Portugal.
Dunga não quis adiantar o time titular. Ele não distribuiu coletes no único treino entre a vitória por 4 a 2 sobre os Estados Unidos, no domingo, em Chicago, e o confronto contra os mexicanos, e como gramado anexo ao Gillette Stadim, em Foxboro, estava pesado por causa da chuva, foi realizado apenas um "rachão". O técnico, no entanto, afirmou que talvez poupasse alguns jogadores que atuaram na vitória sobre os Estados Unidos. "Muitos estão sobrecarregados por causa das atividades de pré-temporada e o mais importante será contar com todos na estréia das Eliminatórias."
Até agora, na chamada "era Dunga", o Brasil fez 19 jogos, com 13 vitórias, 4 empates e 2 derrotas. A estréia nas Eliminatórias está marcada para o dia 14 de outubro, contra a Colômbia, fora de casa. Três dias depois, o adversário será o Equador, desta vez no Brasil.
O técnico do México, Hugo Sanchez, diz que é amigo de Dunga. "Mas não seria ruim ganhar do meu amigo duas vezes", disse o treinador antes do jogo contra o Brasil, lembrando da recente vitória na Copa América. Sanchez contou que se aproximou de Dunga nos últimos anos por causa de atividades comuns. "Nós dois somos embaixadores para a infância da Fifa, então costumamos nos encontrar em eventos desta organização, assim como também em reuniões da comissão de futebol da Fifa", conta o técnico. Em campo, no entanto, o técnico garante que o bom relacionamento será colocado de lado e o que estará em jogo é a vitória e a preparação para as Eliminatórias da Copa do Mundo.
Sanchez não quis revelar qual será o time que entrará em campo contra o Brasil. Apenas adiantou que a base será o grupo que enfrentou o Brasil na Copa América. Para ele, o México terá entrar em campo bastante atento. "O Brasil tem jogadores de qualidade, que jogam em grandes equipes e estão entre os melhores do mundo. Se não entrarmos concentrados eles (brasileiros) vão aproveitar."
Um dos destaques do time mexicano é o jovem Giovani dos Santos, de 18 anos, que foi para a Espanha com 12, depois de se destacar nas categorias de base do futebol mexicano. O pai do jogador é brasileiro - o ex-atacante Francisco dos Santos, o Zizinho, que jogou no América e se naturalizou mexicano. Recentemente o meia-atacante foi promovido ao time principal do Barcelona e é atualmente colega de Ronaldinho Gaúcho. "Combinamos de trocar camisas depois da partida", disse o meia-atacante.
Por ter iniciado carreira no futebol de salão, atuar na mesma posição e também pela aparência, Giovani é muitas vezes comparado a Ronaldinho. O fato, no entanto, incomoda um pouco o jogador, que afirma não enfrentar nenhum dilema por enfrentar o Brasil. "Não é uma coisa especial para mim porque sempre me senti mexicano."
BRASIL x MÉXICO
Brasil - Doni (Júlio César); Maicon, Edu Dracena (Juan), Lúcio e Gilberto; Gilberto Silva, Mineiro, Kaká e Ronaldinho Gaúcho; Robinho e Afonso. Técnico: Dunga.
México - Ochoa; Magallón, Rafa Marquez, Salcido e Correa; Torrado, Castro (Pinto), Francisco Arce (Giovani dos Santos) e Guardado; Castro e Castillo. Técnico: Hugo Sanchez.
Árbitro - Boldomero Toledo (EUA).
Horário - 21h30 (de Brasília).
Estádio - Foxboro Gilette, em Boston (EUA).
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