Vai comprar um carro usado?
De quando?
- Um carro com mais de 15 anos de uso tem um valor de compra modesto. Além disso, já chegou num patamar de preço que não desvaloriza mais. Ou seja, dá para vender o carro pelo peço que ele foi comprado ou até lucrar com a revenda. O problema é que você tem um custo fixo de manutenção. Um carro com 15 anos de uso, provavelmente, terá mais de 100 mil quilômetros rodados, o que quer dizer maior possibilidade de quebra.
- Comprar um carro com um ano de uso é supervantajoso, pois o automóvel já teve a desvalorização inicial (um carro zero desvaloriza de 6% a 12% em um ano) e ainda está na garantia de fábrica. O problema é que não há muita oferta nessa categoria.
- O carro com cinco anos de uso é um bom negócio porque já passou da revisão inicial dos 40 mil quilômetros e, se houver algum reparo, será simples.
- Passou de cinco anos de uso, pode precisar de retífica de motor, o que sai caro.
Na hora da compra
- Não se empolgue com modelos de luxo. Melhor ter um carro de manutenção mais simples. Até quando você leva o carro no mecânico, se o modelo é popular, em geral, ele cobra menos pelo serviço. Além disso, o modelo popular tem maior aceitação na revenda. - Gostou de um carro? Antes de qualquer coisa, cheque a documentação. Atenção com veículos com placas de outros estados. Por trás delas pode se esconder um automóvel clonado ou um celeiro de multas. Checar o número do chassi no monobloco com o do documento já ajuda. Mas o melhor é pegar o número do Renavam e da placa e acessar o site do Denatran ( www.denatran.gov.br ). No link Consultas On Line, você terá acesso ao número do chassi, cor, ano, modelo, multas e IPVA pendentes. Também verá se há registros de furto, perda total ou alienação. Em horários de pico, o sistema pode sair do ar.
- Tão importante quanto a documentação é o plano de manutenção do automóvel. Mesmo que você não compre direto do dono, tente entrar em contato com o antigo proprietário para saber do histórico do carro: se foi revisado, quantas vezes passou pela oficina, se foi batido, como ele foi usado, se era motorista novo ou não, homem ou mulher, se pegava muita estrada, se era carro de passeio
- Saber a procedência do carro é um grande ganho na hora da compra. O proprietário ideal costuma ser aquele que tem mais carros e reveza o uso. Famoso também o personagem da senhorinha do interior, que só usa o carro para fazer compras e olhe lá. Mas não se iluda. Nem sempre o automóvel está no nome do verdadeiro motorista. Talvez seja a neta da carismática figura pra lá dos 70 que dirija o carro. Por isso, de novo, contate o antigo dono para saber do histórico do carro. Se o antigo dono passou muito tempo com o carro, melhor. Tem mais informações a fornecer.
- Quando for ver o carro, comece a avalia-lo pela lataria. Não em dias de chuva, pois, as gotas d´água escondem as imperfeições da lataria e da pintura.
- Esqueça a marcação de quilometragem. Hoje em dia, até os marcadores digitais são facilmente adulterados. Se você quiser ter uma idéia mais próxima de a quantas anda o veículo, cheque o pedal de freio. Se estiver nitidamente desgastado, é porque deve ter mais de 60 ou 70 mil quilômetros rodados.
- Faça o test drive. Escolha um percurso que ajude a descobrir o estado da suspensão. Andar em asfalto novo e liso não vale, em rua com paralelepípedo também não (vai ser tanto barulho que você não conseguirá saber de onde vem).
- Para não ter erro, a dica é levar o carro para ser avaliado por um expert no assunto. As concessionárias costumam oferecer esse serviço.
Fonte Vida Simples
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