O avançado Luís Figo admite abandonar a carreira dentro de um ou dois anos, para depois, talvez, se dedicar aos negócios nas áreas da hotelaria e energia e só admite voltar ao futebol como presidente. O antigo internacional português Figo ainda não decidiu certo o que vai fazer após o término da sua carreira, que acredita que vai ser muito dolorosa.
Numa extensa entrevista publicada hoje na revista Fora de Série, do Diário Económico, o médio do Inter de Milão diz que poderá pendurar as chuteiras "daqui a um ou dois anos" e admite que "em termos imediatos" não está na sua cabeça "ser treinador, nem seleccionador" .
Assim, Luís Figo garante que um regresso ao futebol só acontecerá na qualidade de presidente, embora não especifique se quer ou não assumir esse cargo no Sporting, clube do qual saiu para ingressar nos espanhóis do FC Barcelona.
"As pessoas tem que se capacitar primeiro para poder desenvolver um bom trabalho, se não tiverem condições para o fazer, é melhor não estarem lá" , diz Luís Figo quando questionado sobre o ingresso na direcção dos "leões", afirmando de seguida: "Acima de tudo sou sportinguista" .
No que se refere aos negócios, Figo assume que "as oportunidades vão surgindo a cada dia" e apesar de garantir que "ainda não existe nada em concreto" admite que o seu futuro estará ligado às vertentes imobiliária e da energia e, entre risos, afirma: "se encontrar um poço de petróleo, viro-me para aí" .
Luís Figo confessa que quando foi considerado o melhor jogador do Mundo sentiu que todos os sacrifícios feitos ao longo da carreira "tinham valido a pena" e diz não sentir mágoa por não ter conseguido conquistar um Europeu ou Mundial com a camisola da selecção AA.
"Acho que conquistei tudo aquilo que quis ou me propus conquistar. Acho que chegar à final de um Europeu com Portugal ou a uma meia-final com Portugal num Mundial é o mesmo que ser campeão do Mundo com o Brasil" , refere.
Figo diz ter vivido "muitos dias especiais" , e elege o dia em que Portugal se sagrou campeão do Mundo de sub-20, em Lisboa, como "um momento muito especial" , assumindo ainda que as "piores sensações quando se é profissional são as lesões" , e depois "as derrotas" .
Sobre o seu principal adversário, o avançado do Inter elegeu o gaulês Lizarazu. O jogador falou também de doping: «Nunca experimentei drogas e nunca aprendi a fumar. Mas fiz as minhas noitadas. Também não sou nenhum santo!»
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