Angola prioriza sistema de quarentena ante Covid-19
Luanda, 22 mar (Prensa Latina) Com dois casos positivos de Covid-19, Angola insiste hoje em reforçar o sistema de quarentena para centenas de viajantes que chegam ao território nacional nos últimos dias, a fim de impedir a propagação epidêmica.
Em voos especiais, regressaram ontem à noite a Luanda cerca de 500 pessoas, que estavam isoladas nas cidades portuguesas de Porto e Lisboa, devido ao fechamento de todas as fronteiras angolanas a partir de 0:00 (hora local) do dia 20 de março.
A companhia aérea TAAG também transportou de Johannesburgo, África do Sul, outro grupo de cidadãos, que ao chegar a Luanda foram levados ao centro de quarentena de Calumbo, onde deverão permanecer por pelo menos 14 dias.
Segundo a ministra de Saúde, Sílvia Lutucuta, o governo e a Comissão Multissetorial de Resposta à Pandemia Covid-19 prepararam as condições para receber esses passageiros e pacientes potenciais, provenientes de um país considerado de 'alto risco'.
A detecção aqui dos dois primeiros casos positivos da virose obriga a reforçar as medidas de vigilância, bem como a melhorar a qualidade da atenção dos possíveis pacientes, sublinhou a funcionária.
Para prevenir a possível proliferação do contágio, Lutucuta também aconselhou os empregadores que dispensem as trabalhadoras domésticas em gesto humanista e de solidariedade, atendendo às orientações gerais do governo.
Por decreto presidencial, estão suspensos todos os voos comerciais e privados de passageiros em território nacional durante 15 dias, prorrogável por igual período de tempo dependendo do comportamento da pandemia global, bem como a entrada e saída por via terrestre e marítima.
A restrição não inclui os voos de carga, nem aqueles que sejam indispensáveis por razões humanitárias ou que estejam a serviço da execução da política exterior do país, indicou o executivo.
Como parte das salvaguardas, também não podem ser celebrados eventos públicos e privados de qualquer natureza que conduzam à aglomeração de pessoas, e ficaram suspensas as atividades letivas, incluídas as aulas nos centros de ensino superior.
Nas palavras de Lutucuta, as autoridades angolanas monitoram 'milimetricamente' a evolução da pandemia mundial e criam condições internas para assegurar a quarentena.
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