O quadrado mágico não funcionou como se esperava, mas o Brasil estabeleceu o recorde de vitórias consecutivas em Copas do Mundo (oito, somadas as sete de 2002) com a ajuda de uma tática antiga: o avanço dos laterais foi fundamental para a vitória por 1 a 0 sobre a Croácia, ontem, em Berlim, na estréia da seleção no grupo F.
Além das descidas de Roberto Carlos e, principalmente, de Cafu (que deu início à jogada do gol de Kaká aos 43 minutos do 1º tempo), outro responsável pelo resultado foi o goleiro Dida, com defesas difíceis em chutes potentes durante a pressão dos croatas no 2º tempo. As descidas de Cafu e Roberto Carlos, que teoricamente não seriam mais tão necessárias com tantos talentos à frente, tornaram-se a opção para furar o bloqueio croata. Mas Parreira já parecia prever que iria precisar deles ao liberá-los para descer simultaneamente no amistoso contra a Nova Zelândia, no último dia 4. "Tivemos dificuldades em imprimir o nosso ritmo", declarou o técnico Carlos Alberto Parreira, ainda no intervalo, à TV Globo.
A Croácia se trancou atrás com uma marcação forte que dificultava a troca de passes do quadrado. Para piorar, Adriano e Ronaldo se conformaram em ficar inoperantes. Com a inoperância da dupla de ataque, a opção favorita da seleção foi arriscar chutes de longe. Kaká foi quem mais tentou, fazendo o gol e, no 2º tempo, levando perigo em um chute cruzado.
Ronaldo saiu vaiado pela torcida aos 24 minutos do 2º tempo. Pesado, lento, ele praticamente só fez uma boa jogada: aos 10 minutos do 2º tempo, Kaká rolou para Ronaldo chutar de fora da área, para longe do gol. O substituto de Ronaldo foi Robinho, que já buscou agilizar o ataque. Em sua primeira jogada, colocou Adriano na cara do goleiro. Mas Adriano, meio displicente, desperdiçou.
Segundo "Correio do Estado"
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