Você olha para os lados e sente que todo mundo está “andando”, menos você? Amigos com carreiras sólidas, filhos, casas próprias, viagens e conquistas — enquanto você se pergunta se está no caminho certo. Essa sensação de estar “atrasado na vida” é mais comum do que parece, especialmente em tempos de redes sociais e cobranças silenciosas. Mas ela pode ser enfrentada — e ressignificada.
Vivemos em uma cultura que valoriza marcos: formar-se aos 25, casar aos 30, estabilizar-se aos 35. Quando nossa trajetória não segue essa cartilha, surge a comparação. Com ela, vem a culpa, o medo de ter “perdido o tempo” e a frustração por não ter alcançado metas pré-estabelecidas — muitas vezes, nem por nós mesmos.
Redes sociais intensificam isso. As vitórias dos outros são postadas em tempo real, editadas e emolduradas para parecer perfeitas. O que não se vê são as dúvidas, as pausas, os fracassos. Comparar seu bastidor com o palco alheio é injusto — e paralisante.
Cada pessoa tem uma trajetória única, com ritmos e ciclos diferentes. Às vezes, o que parece estagnação é, na verdade, um período de incubação: reflexões, redefinições, pausas estratégicas. Crescer nem sempre é visível. Muitas vezes, amadurecer exige parar antes de seguir adiante.
Além disso, não existe um “relógio universal” da vida. Algumas pessoas descobrem seu propósito aos 20, outras aos 50. O importante é não se deixar guiar por pressões externas que não dialogam com sua verdade interna.
Sentir-se “atrasado” é, muitas vezes, sinal de que você está prestando atenção à própria jornada — e isso já é um passo de consciência. Em vez de correr para alcançar os outros, que tal caminhar em direção ao que realmente faz sentido para você? O tempo que vale é o seu.
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