A prefeitura de Riachão do Dantas decidiu fazer em homenagem do famoso bode Bito que morreu há um mês de velhice um monumento, uma estátua tamanho natural já está pronta e deverá ser inaugurada na entrada de Riachão no próximo dia 9, quando se festeja na cidade a Independência do Brasil, segundo informa o Jornal da Cidade . O animal ficou famoso por acompanhar procissão, desfile de 7 de Setembro, sentinela e enterro.
Salvo do abate há 13 anos, quando foi comprado por seu dono e escapou de virar buchada, Bito costumava assistir às missas. Quando o sino da igreja soava, anunciando algum falecimento, Bito ficava de prontidão para acompanhar o velório e o enterro. Em qualquer uma destas situações, o caprino estava sempre à frente do desfile ou cortejo, quase nunca ao lado ou sendo um dos últimos da fila. "Acredito que ele fazia isso não por saber distinguir o que era um velório, mas por gostar de estar entre uma aglomeração de pessoas.
Ele se sentia bem naquele meio porque muitas vezes saía um lanche e as pessoas o serviam. Isso tudo atraia a sua atenção", conta o comerciante Joélio Gonçalves de Araújo, ex-dono do animal. Existem muitas histórias envolvendo o bode de Riachão, mas poucas se destacam como a sua prisão, determinada pela juíza da cidade em 1998.
A magistrada baixou uma portaria proibindo os donos de animais de soltar seus bichos pela cidade. Cavalos, bois e caprinos deveriam ficar presos, sob pena de prisão do proprietário. "Tive que prender Bode Bito no pasto. Como as pessoas sentiram a falta dele, vinham aqui em casa para visitá-lo. Ele não gostava de ficar preso e já estava há dois dias sem comer nada", conta.
A população começou a se preocupar com o animal e o clamor local chegou até a juíza. "Na época só havia telefone na agência do Banco do Brasil. A juíza estava em Aracaju e certamente teve a informação da repercussão da prisão do bode. Ela então ligou para o gerente informando que Bito estava liberado. Foi a única exceção na cidade", recorda Joélio.
Bode Bito que em outubro do ano passado virou protagonista de um documentário "Deu Bode" feito por Maria de Fátima Fontes de Góes, bibliotecária e responsável pela transformação da vida deste animal.
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