A Polícia da Áustria desbaratou uma ampla rede de pedofilia na internet. As investigações, iniciadas em julho passado, permitiram identificar 2361 alegados pedófilos em 77 país. As gravações, alojadas num sítio russo, continham cenas de graves sevícias sexuais a crianças, algumas com cinco anos.
Trata-se de um site russo sem dúvida porque a legislação penal no país em relação à pornografia é suave. Não prevê a multa por um usuário baixar uma imagem de pornô infantil. Em comparação , nos EUA, a multa é de 150 mil dólares. Por divulgação de imagens deste tipo se pode receber na Rússia até 8 anos de prisão (30 nos EUA) . Alem disso o Código Penal até não apresenta uma certa definição do termo "pornografia ". As investigações de caso austríaco na Rússia prosseguem.
Harald Gremel, perito austríaco em crimes na internet, afirma que a página de internet foi imediatamente encerrada, que o servidor entregou às autoridades a lista de pessoas que acederam aos vídeos e que, em 24 horas, o sítio teve mais de oito mil visitas de mais 2300 internautas.
As autoridades apreenderam dezenas de computadores e produtos informáticos. Os suspeitos têm todas as idades e profissões, indo desde o estudante ao reformado.
A Polícia Federal da Áustria revelou que existem vários brasileiros entre os mais de 2360 suspeitos de pertencerem à rede internacional de pornografia infantil, noticia a BBCNews.
Gerhard Hesztera afirmou que os suspeitos são de 77 países, mas não soube precisar qual é o número total de suspeitos brasileiros.
Ao PortugalDiário fonte da Judiciária esclareceu que até ao momento não há suspeitos portugueses, no entanto, é possível que «investigações paralelas» possam vir a revelar ligações com este mega processo.
De acordo com o ministro do Interior austríaco, Guenther Platter, os suspeitos pagavam para ver imagens que exibiam «os piores tipos de abuso sexual de crianças».
A polícia americana está a investigar cerca de 600 suspeitos no país, enquanto que as autoridades alemãs estão a seguir outros 400. Na França, mais de cem suspeitos estão sob investigação, disse o governo austríaco.
Na América Latina, a lista de países onde há suspeitos, de acordo com a agência de notícias EFE, inclui Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Porto Rico, Espanha, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Venezuela.
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