Pediatra dá dicas para o bem-estar dos bebês
José Roberto Fernandes Júnior também diz o que não deve ser feito, como o bebê dormir no colo dos pais
O Dia das Mães será comemorado neste domingo, 12 de maio, e para as mamães de primeira viagem, além da emoção de celebrar a data, paira muitas dúvidas, medos, e incertezas, sobre a criação dos filhos. Nos primeiros meses de vida de bebê, seguir alguns rituais, aplicar técnicas de conforto e bem-estar, é importante para manter a qualidade de vida e a saúde do recém-nascido em ordem. Para o médico pediatra José Roberto Fernandes Júnior, que trabalha há 16 anos com bebês e crianças, estão entre os fatores mais importantes para criação dos filhos está o sono; a alimentação, o ambiente e a rotina.
Para o pediatra, dormir é de extremamente importância para o bom desenvolvimento das crianças, porque, na hora do sono, o corpo faz uma regulação hormonal e libera os hormônios do crescimento.
"Além disso, a falta de um sono bem regulado traz prejuízos na vida de todos, e não seria diferente com as crianças, prejuízos que variam de acordo com a fase de cada um, que vão desde irritabilidade, distúrbios alimentares e comportamentais, além de déficit de atenção, dificuldade de aprendizado, entre muitos outros", explica.
Então, vamos ajudar nossas crianças a terem uma boa noite de sono e se desenvolverem felizes e saudáveis.
Confira outras dicas do médico:
Ambiente
Sabe aquele ambiente tranquilo e confortável que te convida para dormir? Os bebês também adoram. Então, esteja atenta a temperatura agradável, luminosidade adequada pra não estimular o bebê na hora que ele precisa relaxar. Uma boa música de ninar suave pode ajudar, alem dos cheirinhos calmantes.
"Mas é necessário ficar atentos com cheiros fortes em bebês alérgicos", ressalta o especialista.
Rotina
Algumas pesquisas recentes afirmam que, de fato, organizar uma rotina na vida do bebê contribui muito que ele tenha uma boa noite de sono; então não vamos perder tempo, organize a vida do seu pequeno colocando ele para dormir sempre no mesmo horário, ele terá uma melhor continuidade no sono e a mamãe terá uma melhora significante no humor, porém, essa regularidade no sono do bebê só será efetiva a partir do quinto mês, que é quando ele passa a produzir a melatonina-hormônio que induz ao sono.
"A organização na rotina também fará bem para vocês mamães, que ficarão bem humoradas, poderão se organizar melhor, e ainda terão uma noite mais tranquila", destaca Fernandes.
Alimentação:
Após a refeição, o organismo se dedica a digestão, por isso, sentimos aquela leve sonolência, ainda mais se for uma refeição mais pesada. Com o bebê não é diferente, porém, não é recomendado que coloque ele para dormir logo após a refeição, principalmente se houver ingestão de alimentos sólidos, pois o peso da comida poderá causar mal estar e aumentar o risco de haver regurgitação do leite, ou alimentos, e posterior aspiração.
O especialista recomenda alimentos de fácil digestão à noite, e nada de extrapolar nas quantidades e volumes calculados por criança, além de aguardar algo em torno de duas horas para pôr o bebê para dormir.
Não acostume seu bebê a dormir no colo
Acostumar o bebê a adormecer no colo, irá condicioná-lo a estar confortável com seu embalar, seu calor, e seu cheiro, eu sei que colo de mãe é maravilhoso, mas acredite que essa prática não fará bem para nenhum dos dois. Então aproveite essa dica: faça o bebê mamar e arrotar, aguarde um tempo para que possa então colocá-lo no berço de maneira confortável para que possa adormecer no seu local de dormir. Isso fará muito bem para o desenvolvimento dele.
O bebê acostumado com o colo sente-se desconfortável ao estar no berço sozinho, tornando a noite de sono agitada, e ao acordar, ele irá se assustar por estar fora do colo e chorar.
Não é recomendado que o bebê durma na cama dos pais
Ensine seu bebê desde sempre a se sentir seguro sozinho. Em alguns artigos e palestras pude obter mais informações que me fazem acreditar que o aconchego constante dos pais durante toda a noite pode atrapalhar o desenvolvimento dos pequenos. Tornando-os emocionalmente mais dependentes, além de inseguros, e frágeis. Com certeza não é isso que queremos para os nossos pequenos, então não caiam nessa cilada.
Foto Divulgação
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Thiago Freitas Assessor e Jornalista
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