A Rússia pediu a cessação do bombardeio do exército israelense contra civis e ressaltou a preocupação sobre a deterioração da situação nos territórios palestinos. "O desenvolvimento desta situação pelo uso da violência é inaceitável", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Lukashevich numa conferência de imprensa na quinta-feira.
"Tanto o bombardeio do sul de Israel, como os ataques desproporcionais sobre Faixa de Gaza, especialmente quando as vítimas são civis de ambos os lados, são totalmente inaceitáveis", disse o porta-voz.
"Moscou está profundamente preocupado com o que está acontecendo em Gaza e apela ao fim ao derramamento de sangue", disse. Além disso, o ministro do Exterior russo Sergey Lavrov criticou o papel do Quarteto de mediadores internacionais para o Oriente Médio (Rússia, os EUA, a ONU e a União Europeia) perante a escalada da violência. "O que está acontecendo agora nos territórios palestinos nos preocupa imensamente. Acreditamos que é necessário que cessem imediatamente os bombardeios e ataques de todos os tipos de violência ", disse Lavrov.
"Lamentamos que nos meses anteriores ao escalar o conflito o quarteto tenha sido incapaz de organizar-se e pronunciar-se sobre diálogo direto", disse o ministro.
Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, em uma conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu exortou as partes em conflito a mostrarem contenção e fazerem o possível para regularizar a situação. Putin falou, também por telefone, com presidente do Egito Mohamed Morsi e pediu-lhe o apoio "nos esforços para normalizar a situação", de acordo com o serviço de imprensa do Kremlin.
O sexto dia da ofensiva israelita na Faixa levou a pelo menos 93 pessoas mortas e 900 feridas. Entre elas encontram-se muitas crianças.
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