O Hugo Chávez Frias, presidente venezuelano, fez hoje uma saudação especial ao escritor português e Prémio Nobel da Literatura, José Saramago, que rejeitou recentemente que o estadista seja populista.
Chavez afirmou que não lhe tem sido possível contactar o escritor e acrescentou: «Quero saudar esse grande homem, José Saramago, que veio aqui a Caracas e eu não estava», disse.
Hugo Chávez falava como «padrinho» de alunos, durante a cerimónia de licenciatura do «Curso Cohorte 2006-2007» dos Altos Estudos da Defesa Nacional, hoje, no Teatro da Academia Militar de Venezuela.
Durante o evento, o estadista insistiu que o «império» norte-americano e a oligarquia venezuelana levam a cabo uma campanha internacional de rumores contra o seu governo, visando manter o país em sobressalto.
«Há pouco, em Bogotá, perguntaram a José Saramago se, na Venezuela, estamos numa tirania, num governo militarista, e ele disse algo que é certo. Saramago disse que que na Venezuela não há uma ditadura , que Chávez não é um ditador».
«Quero, a partir daqui, cumprimentá-lo, porque não o pude contactar», acrescentou.
O escritor português e Prémio Nóbel da literatura defendeu, recentemente, na Colômbia, que não acredita que o presidente venezuelano seja um populista, porque se preocupa com os pobres.
«Isso é pejorativo para alguém que se preocupa, directamente e sem nenhum disfarce, com a melhoria das classes que durante gerações e gerações não saíram da miséria», terá dito Saramago.
No seu entender, Hugo Chávez «usa de maneira correcta» os recursos petrolíferos do país e, por isso, é muitas vezes criticado.
Fonte Diário Digital / Lusa
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