Meios de comunicação silenciam eleição constituinte na Venezuela
@VillegasPoljak
Caracas, 01 Ago. AVN.- O silêncio foi a arma utilizada pelos meios de comunicação nacionais e internacionais para invisibilizar as eleições celebradas neste domingo na Venezuela.
Mais de oito milhões de venezuelanos votaram, apesar das ameaças dos setores extremistas da direita de aumentar as ações terroristas para violar este direito. Mas este ato histórico, em que se impôs o caráter democrático no país, foi menosprezado pela mídia.
No país, principalmente emissoras de televisão privadas, como Televen e Venevisión, "não se deram conta do que estava ocorrendo na Venezuela", lamentou Diosdado Cabello, eleito deputado à Assembleia Nacional Constituinte, que será instalada nos próximos dias.
Os meios de comunicação nacionais e internacionais, para aplicar a censura, optaram por destacar os resultados da violência opositora, que vem sendo executada desde abril como parte de uma agenda golpista. Silenciam informações segundo sua conveniência.
"Ontem ocorreram eleições históricas na Venezuela. Mas os meios corporativos decidiram glorificar o terror", lamentou o chanceler, Samuel Moncada, através de sua conta no Twitter.
O presidente da República, Nicolás Maduro, pediu aos donos dos canais de televisões nacionais, Televen e Venevisión, uma explicação pública ao país sobre suas intenções de invisibilizar o processo eleitoral, do contrário serão sujeitos a sanções.
Maduro recordou que as coberturas especiais para cobrir e transmitir eleições no país têm sido históricas, e são consideradas fundamentais para a democracia e o exercício do voto.
"Em um país democrático como a Venezuela sempre havia sido assim, até ontem. Por isso peço explicações públicas aos donos da Venevisión e Televen. Estão comprometidos com a Constituição e a democracia ou teremos que tomar severas medidas", destacou.
Ele mencionou que não serão permitidos golpes de Estados nem conspirações. "Não vou permitir".
O chefe de Estado pediu ao vice-presidente Executivo, Tareck El Aissami, que realize os procedimentos necessários para que os donos das duas emissoras de televisão expliquem o motivo para eludir o proceso eleitoral, e somar-se às "campanhas mais infames de violência", enquanto "ignoraram o povo votando".
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