O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social garantiu hoje que as reformas dos trabalhadores portugueses só poderão descer no futuro se a maioria dos cidadãos optar por se reformar antes dos 65 anos de idade, numa reacção a um estudo da OCDE,que antecipa uma descida média de 40 por cento nas pensões devido à reforma da Segurança Social.
Em declarações à rádio TSF, Vieira da Silva afirma que as estimativas apresentadas ontem num relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) estão "dependentes da escolha que o trabalhador fizer".
O ministro diz que os números da OCDE não deverão aplicar-se a quem prolongar a sua carreira para além dos 65 anos de idade, salientando, porém, que essa decisão está dependente de vários factores, nomeadamente o aumento da esperança média de vida.
O ministro sublinha "a grave situação" vivida em Portugal em matéria de pensões de reforma, referindo que o relatório da OCDE fala numa "situação de colapso", com uma injecção de dinheiro para o fundo de pensões na ordem dos 39 por cento acima da média europeia.
O relatório Pensions at a Glance 2007, da OCDE, divulgado ontem, incidiu sobre 16 países que mudaram os seus sistemas de pensões na última década e concluiu que as pensões de reforma poderão cair em Portugal 40 por cento.
Segundo a OCDE, para além de Portugal só no México as alterações têm um impacto maior uma redução de 50,6 por cento na taxa de substituição do último salário pela primeira pensão. Esta regra só se aplica aos trabalhadores que tenham entrado no mercado depois de 1997.
O valor calculado pela OCDE para Portugal é o dobro do referido pelo Banco de Portugal quando, recentemente, estimou em 20 por cento a quebra do valor médio das pensões que os portugueses estarão a receber em 2030.
Fonte Publico.pt
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