A informação desta exoneração está contida num comunicado do conselho de ministros reunido na noite desta segunda feira convocado pelo presidente da república Fradique de Menezes.
A demissão de Armando Correia soluciona assim a principal exigência dos agentes da polícia de intervenção rápida, que há cerca de uma semana se amotinaram. O ministro da defesa vai reunir-se com os agentes revoltosos para discutirem outras reivindicações.
No entanto, a situação continua tensa, quando se sabe que foi preso o comandante distrital de Agua Grande (Capital) da polícia. A denúncia desta prisão foi feita numa conferência de imprensa dada esta segunda feira por Wilson Quaresma, líder dos revoltosos. Agora que a situação agudizou-se, os agentes da policia revoltosos dão ao executivo um prazo de 24 horas para fazer um decreto de demissão do comandante destituído, Armando Correia.
Wilson Quaresma disse que caso isso não aconteça, eles vão encerrar todas a sedes distritais da policia e suspendem todas actividades policiais, tendo aproveitado a ocasião para desmentir rumores de que estão coligados com o elementos do batalhão búfalo para tentarem dar um golpe de estado. Do mesmo modo a Frente Democrática Cristã distribuiu um comunicado desmentindo o envolvimento dos elementos do Batalhão Búfalo.
A primeira-ministra Maria do Carmo Silveira convocou hoje de urgência os líderes de todos os partidos com assento parlamentar com vista a encontrar contribuições para uma resolução rápida do levantamento dos policiais. Logo a seguir a esse encontro, o presidente da república convocou o conselho de ministros para analisar a situação.
Depois de um período de cerca de 72 horas de relativa acalmia, a situação voltou a complicar-se na noite de domingo quando informações postas a circular davam conta de que o comando iria ser assaltado pelas forças do exercito, a mando do ministro da defesa, Óscar Sousa.
Caricato parece ser o facto deste novo período de tensão surgir depois do presidente da republica ter-se deslocado pessoalmente a televisão são-tomense e apelado a população a calma e desmentindo qualquer intenção dos responsáveis políticos do país em pretender resolver a questão pela força das armas.
Entretanto, numa carta dirigida a presidente do supremo tribunal de justiça, os agentes amotinados revelam um conjunto de anomalias que grassam o comando geral da policia nacional e justificam que são todos esses problemas que já tinham sido denunciados ao governo que estão na base do levantamento.
Entre as denuncias estão a má gestão de fundos da corporação, desvio de apoios quer para a instituição policial que para os agentes, tratamento aos agentes com palavras obscenas, descontos de salários para fundos fantasmas, deposito de fundos da policia em contas privadas do comandante, etc.
Na carta propõem ainda três nomes para assumirem os cargos de respectivamente comandante geral, segundo comandante geral e inspector-geral da policia e que esses nomes deverão ser nomeados no prazo máximo de três dias. Suahills Dendê Pravda.ru STP
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