Mesmo após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva promover um encontro que teria ajustado os interesses dos ministros Nelson Jobim, representando os militares, e Paulo Vannucci, representando militantes contra a ditadura militar, sobre o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, o tema continua encontrando fortes resistências dentro do âmbito da sociedade brasileira.
A poderosa formadora de opinião e canalizadora de votos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reagiu ao gesto do presidente Lula de manter no texto do programa o casamento entre pessoas do mesmo sexo e descriminalizar o aborto e publicou nota oficial. Foi a Igreja Católica que levou Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) ao poder no Brasil.
Na nota, a CNBB afirma que a pessoa humana é sagrada desde o momento de sua concepção até o seu fim natural, que a raiz dos direitos humanos há de ser buscada na dignidade que pertence a cada ser humano e que a fonte última dos direitos humanos não se situa na mera vontade dos seres humanos, na realidade do Estado, nos poderes públicos, mas no próprio ser humano e em Deus seu Criador.
Os bispos também classificaram de intolerante a sugestão do programa de impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União. "Tal medida intolerante pretende ignorar nossas raízes históricas", afirmou a CNBB.
A nota da CNBB foi assinada dia 15/01/2010, em Brasília, DF, por Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da entidade; Dom Luiz Soares Vieira, vice-presidente; e por Dom Dimas Lara Barbosa, Secretário-Geral.
Com relação ao militares, a aparente acomodação de interesses sobre a Comissão da Verdade proposta no programa para investigar as torturas durante a ditadura militar, nota-se uma manifestação velada nos quartéis e, principalmente, entre o pessoal da reserva.
Na Internet, por exemplo, os protestos de entidades representativas de toda a tropa militar (oficiais e praças) não param de ser publicadas. Da mesma forma, nos clubes sociais o assunto generalizado entre os militares é o Programa Nacional de Direitos Humanos proposto pelo Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
ANTONIO CARLOS LACERDA
PRAVDA Ru BRASIL
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