O relatório anual da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) apresenta o perfil típico de um criminoso em Portugal. É homem, entre os 26 e os 55 anos, casado, português e tem uma relação familiar com a vítima, diz o relatório segundo a Lusa.
Nas estatísticas sobre 7852 processos envolvendo crimes reportados em 2008 à APAV, concluiu-se ainda que o autor de crime vive do próprio trabalho e pratica crimes de violência doméstica de forma continuada. Segundo a APAV, 85 por cento de quem pratica crime é do sexo masculino e 40 por cento tem entre 26 e 55 anos.
As diferenças entre a ausência de dependências e a dependência do consumo de álcool no ano passado é relativamente baixa, já que é de 22,2 por cento e 19,3 por cento, respectivamente.
Mais de metade são casados e, quanto ao seu continente de origem, a Europa lidera, com quase 75 por cento. Os continentes africano e americano, representaram, no seu conjunto, cerca de 3,4 por cento. O nível escolar é distribuído de forma transversal e relativamente equitativa entre o primeiro ciclo e o ensino superior, mas com este último a destacar-se com uma percentagem de 7,3.
A maioria (46 por cento) dos autores de crime estava empregada e apenas 12,6 por cento destes eram desempregados e sete por cento reformados. Por grupos de profissões os operários, artífices e trabalhadores similares da indústria extractiva e da construção civil surgem em primeiro lugar (7 por cento), seguindo-se o pessoal dos serviços directos e particulares (5 por cento).
Tal como nos anos anteriores, mais de metade dos casos deu-se entre cônjuges ou companheiros. Em 3,1 por cento dos casos os autores não tinham qualquer relação com a vítima e em cerca de 35 por cento das situações não apresentavam qualquer condenação anterior.
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