Amusan, Chief: Massacre Supremacista Branco de Tulsa (EUA)

ENTREVISTA. Montesanti, Edu. Amusan, Chief: Massacre Supremacista Branco de Tulsa (EUA)

Monroe Nichols, eleito em novembro de 2024 o primeiro prefeito afro-americano de Tulsa, segunda maior cidade do estado norte-americano de Oklahoma com cerca de 420 mil habitantes, foi muito além do mero simbolismo racial na política ao contrário do que pateticamente ocorreu com Barack Obama, primeiro inquilino negro da Casa Branca na história.

 

Nichols lançou no último 1º de junho, Dia de Observância do Massacre Racial de Tulsa, o Plano Greenwood (Greenwood Trust) de 105 milhões de dólares ¨para lidar com os danos de longo prazo¨ causados pelo mais grave massacre supremacista branco da história estadunidense.


Há mais de um século, o massacre de Tulsa ceifou ao menos 300 cidadãos negros e destruiu o próspero bairro negro de Greenwood a norte da cidade conhecido a época como Black wall Street, justamente pela riqueza econômica e cultural do local, completamente ao chão em chamas.


Em 2016, a Assembleia Legislativa de Oklahoma dominada por democratas, havia se recusado a pagar qualquer tipo de reparação pelo massacre de Tulsa.


História oculta


Denominado mais comumente “tumultos raciais” ou simplesmente ¨distúrbios¨ ao longo do tempo, o massacre de Tulsa de 1921, também envolto em corrupção policial branca, tem sido historicamente um tabu entre a sociedade estaduindense. “Negros e brancos cresceram até a meia-idade, sem saber o que havia acontecido”, relatou o jornal The New York Times em As Survivors Dwindle, Tulsa Confronts Past (Enquanto os Sobreviventes Diminuem, Tulsa Confronta o Passado), em 19 de junho de 2011 (https://www.nytimes.com/2011/06/20/us/20tulsa.html).


“O massacre esteve ocultado dos livros de história. Trabalhamos para reconhecer e recordar, mas agora também é hora de dar os próximos grandes passos para restaurar”, disse Nichols ao anunciar o Plano no Centro Cultural de Greenwood (Greenwood Cultural Center). 


“Este é um passo crucial com o abjetivo de ajudar a unir os moradores de Tulsa, e curar as feridas que, por tanto tempo, impediram gerações de vizinhos de se recuperar do massacre racial”, acrescentou o prefeito tulsano.


O massacre


Entre 31 de maio e 1º de junho de 1921, época em que havia forte segregação racial nos Estados Unidos, cidadãos brancos incendiaram o bairro de Greenwood onde viviam cerca de 10 mil negros. 


Uma violenta multidão branca incendiou 1.250 casas, arrasando anos de prosperidade construída pelos negros na cidade ao centro-sul dos EUA onde residia um total de 72 mil pessoas, entre brancos e negros. 


35 quarteirões foram levados completamante abaixo, em chamas, e a cidade ao norte de Tulsa perdeu os restaurantes, hotéis, supermercados e teatros de sucesso que lhe valeram o nome de Black Wall Street. Cerca de 300 negros foram cruelmente assasinados, com os respectivos corpos lançados em valas comuns. 


Recontanto a história


Em 1996, a fim de se investigar os fatos do massacre e reivindicar justiça, teve início a Tulsa Race Massacre Commission (Comissão do Massacre Racial de Tulsa).Versões bastante diferentes das difundidas por residentes brancos de Tulsa enquanto ocorria o massacre, passaram a ser publicadas.

 

Por iniciativa da prefeitura de Tulsa, desde 2018 tem havido escavações por parte de especialistas de todos os EUA através do projeto denominado Sepulturas de 1921 (1921 Graves), com o objetivo de se encontrar cadáveres de negros e investigar como exatamente foram assassinados.

(https://www.cityoftulsa.org/1921Graves?fbclid=IwY2xjawE8TdRleHRuA2FlbQIxMAABHVJ-U6DNmh6Xjz_bQ1PWuznXXtkWccMPwvqfAOAIDhkX-1XtTt4lRgKzvw_aem_YVHoQI63hrN7J2JJ9nXslQ)

 

Desde então, mais de 50 corpos já foram achados com sinais de violência, tais como ferimentos de balas de diferentes armas e outros com sinais de possíveis queimadura.

 


Leia, em Pravda.ru: Recontando a História: Novas Descobertas do Massacre Racista de Tulsa nos EUA (https://port.pravda.ru/mundo/58390-massacre_eua/)

 


O massacre já é parte dos livros escolares de Oklahoma, embora ainda distante de ser aprofundado: passou a ser incluído no ensino estadual vagamente em 2002 (https://www.oklahoman.com/story/news/education/2021/05/26/oklahoma-history-black-wall-street-left-out-public-schools-tulsa-massacre-education/4875340001/), sendo ainda nos dias de hoje motivo de disputa entre diversos setores do estado, políticos e educacionais, com alguns poucos avanços (https://www.readfrontier.org/stories/after-a-state-law-banning-some-lessons-on-race-oklahoma-teachers-tread-lightly-on-the-tulsa-race-massacre/).


E junto da criação do Plano Greenwood, a cidade divulgou 45 mil páginas de documentos históricos (https://www.cityoftulsa.org/mayor/road-to-repair/1921-race-massacre-open-record-files/) relacionados ao massacre, conforme recomendado pela ONG local Justiça para Greenwood (Justice for Greenwood) (https://www.justiceforgreenwood.org/).


Justiça ´branca´


A justiça tulsana rejeitou, em 2024, ação movida por reparação feito em 2020 pelas únicas sobreviventes negras hoje, Viola Fletcher, hoje com 111 anos de idade e Lessie Benningfield Randle, de 110 anos, com o cidadão negro Hughes Van Ellis que morreu em outubro do ano passado, aos 102 anos de idade. 


Em janeiro deste ano, após investigação que durou meses o Departamento de Justiça dos EUA informou que o massacre não foi resultado de violência descontrolada de uma multidão, mas de "ataque coordenado com estilo militar". 


Os ataques raciais brancos naqueles anos eram constantes em todos os EUA, e particularmente Tulsa vivia clima racial efervescente às vésperas do massacre de 1921, Após o ocorrido, a municipalidade tulsana resistiu repetidamente ao longo do tempo a ofertas de ajuda efetiva às vítimas, e "falhou completamente em fornecer a ajuda ou assistência necessária", diz um relatório de Justice for Greenwood.


Procurado por este autor, o empresário, escritor, ativista negro e descendente de vítimas do massacre, Chief Egunwale Amusan observa o trauma que persiste ainda hoje entre os negros de Tulsa. ¨A falha das autoridades municipais e estaduais em Tulsa em fornecer reparações abrangentes, agravou os danos do massacre¨. E lamenta que a história de racismo, escravidão e colonialismo de Tulsa seja ¨pouco conhecida, ou reconhecida nos Estados Unidos¨. 


¨A história mostra que acontecimentos como este não se dão apenas sobre inveja, mas por poder e controle. A independência política negra tem sido vista há muito tempo como ameaça à supremacia branca¨. acrescenta Chief nesta entrevista exclusiva.


Ao mesmo tempo que reconhece o apoio de cidadaos brancos de Tulsa em geral hoje as reparacoes pelo massacre, Chief obseva que isto acaba sendo efemero diante de um sistema judicial local que, controlado por brancos, recusa'se a fazer da reparação racial e da restituição prioridade. ¨O interesse só se torna prioritário se houver algo a ser lucrado com isso, ou seja, turismo¨, diz Chief.


Plano Greenwood


O Plano Greenwood não oferecerá pagamento direto em dinheiro às vítimas, porém envolve bolsas de estudos e ajuda em gastos domésticos em favor dos descendentes das vítimas fatais dos ataques supremacistas brancos de 1921. 


O Plano divide-se em três principais iniciativas (https://cityoftulsa.org/mayor/road-to-repair/the-greenwood-trust/):


24 milhões de dólares criarão um fundo habitacional para apoiar a aquisição de casa própria, e assistência habitacional para descendentes de vítimas;

60 milhões de dólares destinados à preservação cultural, à melhoria de edifícios existentes e à limpeza da área;

21 milhões de dólaes à aquisição e desenvolvimento de terras, subsídios para pequenas empresas e bolsas de estudo.

 

“O bairro de Greenwood, em seu auge, era um centro comercial”, disse Nichols em entrevista (https://www.theguardian.com/us-news/2025/jun/02/tulsa-100-million-trust-1921-race-massacre) ao jornal britânico The Guardian em junho deste ano. “Portanto, o que se perdeu não foi apenas algo do norte da cidade de Tulsa ou da comunidade negra. Na verdade, roubou-se de Tulsa um futuro econômico que rivalizaria com qualquer outro lugar do mundo”, completou o prefeito.


Nichols afirma ainda que o atual clima político dos Estados Unidos, particularmente o ataque generalizado do governo Trump aos programas de diversidade, equidade e inclusão no país, representa um cenário político instável. "O fato disso estar alinhado a um debate nacional mais amplo, cria um ambiente difícil", disse Nichols a The Guardian, "mas não muda o trabalho que temos que executar".


O entrevistado


Chief Egunwale Amusan é renomado especialista em recuperação histórica, e presidente de African Ancestral Society. Ele fundou o evento anual Black Wall Street Memorial March Week que se estende por décadas, além de proprietário do The Real Black Wall Street Tour, empresa familiar que realiza tours pela antiga Black Wall Street contando sua história até sua destruição, pelo massacre racial de 1921. Como empreendedor social, seu trabalho tem sido destacado na revista Essence.

Amusan desempenhou papéis influentes em assuntos afro-americanos, além de ter sido assessor da Câmara de Comércio de Black Wall Street. Ele é também membro do conselho de Center for Public Secrets e de Tulsa Community Remembrance Coalition, em parceria com Equal Justice Initiative a qual inclui colaboração estreita com Justice For Greenwood Foundation. Serviu ainda como testemunha no Congresso dos Estados Unidos em 2021, em nome dos descendentes e sobreviventes do Massacre de Tulsa.

Consultor requisitado, Amusan colaborou com cineastas como a produtora Tricia Woodgett, o diretor Darnell Martin e o diretor Sterlin Harjo. É produtor executivo do documentário Oaklawn que oferece uma investigação precisa em relação as verdades ocultas, detrás da investigação das Valas Comuns de 1921.

Amusan é autor do livro inovador America's Black Wall Street: The Untold Story of Broken Treaties, Black Resistance, Political Fear, and Sacred Ground, e atualmente relata histórias no programa 2892 Miles to Go da National Geographic, e atua no Conselho Consultivo de Preserve Route 66.


A seguir, a entrevista integral.

Edu Montesanti: Fale sobre os membros da sua família vítimas do massacre, Chief: quem eram, e de que maneira sofreram com os ataques supremacistas brancos.

Chief Amusan: Meu avô Raymond Lee Beard era apenas um bebê de aproximadamente 7 meses de idade, quando um dos ataques racistas mais hediondos contra negros na história dos Estados Unidos eclodiu na noite de 31 de maio de 1921 em Tulsa.

Na época ele estava sob os cuidados de sua irmã e de seu irmão, Mary e Matthew Beard, que moravam na avenida 524 North Greenwood, onde dirigiam um serviço de lavanderia em sua residência. Meu avô Raymond foi milagrosamente levado para Sapulpa onde sua irmã mais velha Lilliane e seu marido, o criaram até a idade adulta após o falecimento de sua mãe. Mais tarde, ele serviu na Segunda Guerra Mundial, retornou a Greenwood na década de 1940 onde viveu até sua morte, em 2003.

Após o massacre meu tio-avô Matthew saiu de Tulsa com a família, e mudou-se para Los Angeles na Califórnia. O quinto filho de Matthew e sua esposa, Johnnie Mae, foi chamado Matthew Jr. Ele tornou-se um famoso astro de TV do filme Little Rascals, conhecido como Stymie Beard. De acordo com os registros do censo, parece que Matthew e sua esposa mudaram seus nomes quando se mudaram para Los Angeles, algum tempo depois do massacre.

Não tenho certeza do que aconteceu com a irmã do meu avô, a Mary, depois do massacre. Trabalhei por muitos anos para recuperar a história real de Greenwood e da minha família. Grande temor tomou conta de mim, acreditando que Mary pudesse ter sido morta e seu corpo, jogado em uma vala comum conforme as recentes descobertas no Cemitério de Oaklawn.

 


Quanto o massacre está presente na vida da sua família hoje, e na vida dos familiares de outras vítimas de Tulsa?

Muitas histórias orais registraram a agonia das pessoas encarceradas em vários campos de internação. Isso inclui pessoas que não tiveram permissão para se recuperar nem sequer procurar os corpos dos seus entes queridos.

Toda essa violência agravada alimentou o trauma contínuo aos sobreviventes vivos, e aos descendentes do massacre racial de Tulsa. A história de racismo, escravidão e colonialismo de Tulsa é pouco conhecida, ou reconhecida nos Estados Unidos.

 


Por que você decidiu escrever America’s Black Wall Street, e como foi a experiênci de escrever este livro?


Aprendi sobre o legado de Black Wall Street em 1992 quando conheci o autor Ron Wallace, quem tinha acabado de publicar Black Wall Street: The Most Prolific African American Community in the History of America. Seu livro me apresentou uma história que nunca havia sido ensinada a mim — uma de prosperidade, riqueza cultural e força política em Greenwood antes do Massacre de 1921. Essa revelação representou uma mudança radical na minha vida.

À medida que eu juntava as peças da história de Black Wall Street, do massacre e da Greenwood em que fui criado, percebi o quanto eu tinha sido enganado por narrativas tendenciosas que sustentavam o triunfalismo branco. Quanto mais eu aprendia, menos as explicações convencionais faziam sentido. A alegação de que a destruição de um bairro de três milhas quadradas deveu-se ao ressentimento de brancos menos afortunados, parecia insuficiente.

A história mostra que acontecimentos como este não se dão apenas sobre inveja, mas por poder e controle. A independência política negra tem sido vista há muito tempo como ameaça à supremacia branca, e massacres como os de Opelousas em 1868, Colfax em 1873 e Wilmington em 1898, foram todos motivados pelo medo racial, e pela extinção violenta do progresso negro.

Antes desses acontecimentos gerados por ações políticas, milhares de negros foram escravizados por índios conhecidos como as cinco tribos civilizadas. As tribos foram obrigadas a libertar os escravizados de ascendência africana, e oferecer cidadania no Tratado de Reconstrução de 1866.

No entanto, as tribos temiam que essas pessoas recém-libertadas adquirissem poder político e controle dentro das nações tribais de Oklahoma, qundo fossem libertadas. Isso gerou uma permanente tensão entre as tribos indígenas de Oklahoma e os cidadãos negros, conhecidos como indígenas negros libertos. Esta é outra parte da história de Oklahoma que muito poucas pessoas conhecem.

Escrever este livro como descendente de Greenwood foi um dever, e uma viagem profundamente pessoal. Tratava-se de resgatar uma história enterrada e expor as forças políticas que buscavam apagá-la. Napoleão Bonaparte disse uma vez: “a história é uma série de mentiras combinadas”. Meu objetivo foi desafiar essas mentiras, e trazer a verdade de Black Wall Street à tona.

Quando o prefeito de Tulsa George Theron Bynum anunciou o início da investigação nos túmulos do massacre de 1921, ele prometeu que seria ela conduzida como uma “investigação de homicídio”, formando um Comitê de Supervisão Pública que incluiu descendentes e líderes comunitários — e eu mesmo estiva entre os selecionados.

As escavações começaram em 1º de junho de 2021, exatamente na dara do centenário do massacre, atraindo assim atenção nacional. Ao longo de três semanas, pelo menos 35 restos mortais foram descobertos, 19 cuidadosamente exumados. A descoberta mais significativa ocorreu em 23 de junho — restos mortais humanos com traumas de bala, a evidência mais forte de vítimas do massacre.

No entanto, apenas dois dias depois a cidade interrompeu abruptamente a escavação sem consultar o Comitê de Supervisão, sem oferecer nenhuma explicação clara. Em vez de continuar a busca, eles anunciaram planos de enterrar novamente os restos mortais exumados no mesmo local, uma decisão à qual nos opusemos unanimemente.

Para mim, testemunhar os restos mortais em primeira mão foi profundamente espiritual — senti essas almas dizendo: “obrigado por nos encontrar”. Enterrá-los novamente ao lado de seus perpetradores parecia mais um encobrimento, reabrindo feridas geracionais.

Apesar dos contratempos, houve progresso. Em julho de 2024, a primeira vítima identificada do massacre, C.L. Daniel, veterano da Primeira Guerra Mundial, foi reconhecido por meio de análise de DNA, oferecendo uma conexão tangível com aqueles que pereceram.

Em outubro de 2024, o Departamento de Justiça dos EUA emitiu sua primeira revisão federal do massacre, concluindo em janeiro de 2025 que se tratou de “ataque coordenado de estilo militar” em Greenwood. 

Embora a justiça legal continue estática, organizações populares como Justice for Greenwood e Greenwood Project continuam a luta pela verdade e responsabilização.

 

Descreva a vida em Tulsa hoje, especialmente em relação ao racismo.

A falha das autoridades municipais e estaduais em Tulsa em fornecer reparações abrangentes, agravou os danos do massacre. No entanto, é importante observar que a eleição de Monroe Nichols como primeiro prefeito negro de Tulsa, criou um marco significativo na história da cidade.

Esta eleição é particularmente notável, dado o contexto histórico de Tulsa. Eleger um prefeito negro em uma cidade que tradicionalmente pendeu para o Partido Republicano, sugere uma mudança no cenário político e social de Tulsa. Indica um reconhecimento crescente da necessidade de liderança inclusiva, e a disposição para confrontar injustiças históricas.

A vitória de Nichols reflete o desejo da comunidade de superar as divisões raciais, e abordar questões sistêmicas que, há muito, afetam os moradores negros de Tulsa. De muitas maneiras, esta eleição representa progresso, é um passo dentro de uma jornada mais ampla e contínua rumo à reconciliação racial, e à equidade. 

A verdadeira medida do progresso dependerá das políticas implementadas, e das melhorias tangíveis nas vidas de todos os moradores de Tulsa, particularmente aqueles de comunidades historicamente marginalizadas.

Em resumo, a eleição de Monroe Nichols como primeiro prefeito negro de Tulsa significa um passo significativo em direção ao progresso racial em uma cidade com uma história complexa. Ela incorpora um movimento coletivo em direção à inclusão e o compromisso de abordar as disparidades raciais passadas e presentes. O que é mais inspirador é que o novo prefeito de Tulsa apoia iniciativas que abordam as consequências do massacre do massacre racial.

 

Entre os negros, especialmente aqueles que têm ancestrais vítimas do massacre, estão todos engajaos nesta luta decsrita por você, Chief?

A comunidade de descendentes permanece firme na busca para obter justiça restaurativa tangível. Um desses esforços é a Beyond Apology Commision, que visa reconciliar, restaurar e unir Tulsa promovendo mobilidade econômica, prosperidade e riqueza intergeracional aos sobreviventes do massacre, seus descendentes e moradores de North Tulsa, particularmente no histórico bairro de Greenwood. O esforço mais recente é o Projeto Greenwood.


Descreva o estado de espírito entre os brancos de Tulsa, em relação a essa luta para recontar os ataques e promover a justiça.

A quantidade de apoio da comunidade branca, em geral, tem sido um tanto favorável, mas isso importa pouco se um sistema judicial controlado por brancos se recusa a fazer da reparação racial e da restituição uma prioridade.

O interesse só se torna prioritário se houver algo a ser lucrado com isso, ou seja, turismo.

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Edu Montesanti