Por Pedro César Batista*
Diariamente acompanhamos os mais variados crimes continuados em curso, praticados pelo imperialismo que usa os sionistas, fascistas, nazistas, com intenso apoiado midiático e das plataformas, os quais contam com a complacência de setores populares que se afastam cada vez mais das lutas gerais e específicas da classe trabalhadora e da maioria do povo, tornando-se quinta coluna dos governos serviçais dos EUA.
Desde a fundação da organização sionista como um Estado, a partir de 1948, as terras palestinas vêm sendo roubadas e seu povo dizimado. A partir da resposta dada pela resistência, em outubro de 2023, os ataques cresceram de maneira nunca vista na história, nem mesmo durante o período hitlerista. Um extermínio diário, visto por vídeos e materiais que circulam, que já matou milhares de crianças e mulheres. Neste momento bairros residenciais inteiros de Beirute estão sendo bombardeados pelos criminosos de guerra, repetindo os ataques realizados em Gaza, com o apoio e financiamento dos EUA, França, Alemanha e outros governos fascistas. A mídia hegemônica segue mentindo e apoiando o genocídio, extermínio e destruição.
A mais profunda e longa crise econômica que o capitalismo enfrenta faz com que inúmeros governos, inclusive alguns ditos progressistas, passe a atuar como agentes da burguesia internacional, impondo o arrocho e ajuste fiscal a serviço dos bancos e dos parasitas que controlam as riquezas, a comunicação e tecnologia. Enquanto se faz discursos contra a fome, enfrentada por políticas assistenciais paliativas, em todo o mundo capitalista aumenta a multidão que vive de restos recolhidos no lixo, a circulação de pessoas entre países em absoluta insegurança e desespero em busca do mínimo de garantias, seja devido a fome, o desemprego ou as guerras financiadas por governos liderados pelos EUA. A soma dos recursos financeiros que se investe em armas e na morte dos povos é gigantesca, enquanto o que se promete para combater as desigualdades são ínfimas. As plataformas controlam mentes, corações e manipulam massas com a liberdade que os magnatas possuem, sem controle, sem regras, sem ética ou moral, de forma perversa e desumana.
A OTAN e o Comando Sul atacam a soberania dos povos. Na Ucrania, depois do golpe de 2014, as forças nazistas, treinadas e organizadas pelos governos ocidentais, seguem de forma insana alimentando uma guerra contra a Rússia.
Palestina e Líbano sofrem os ataques com armas de destruição em massa, o Irã segue sendo ameaçado e atacado, a Síria bombardeada. Na América do Sul, os EUA seguem acreditando que a região lhe pertence, um quintal onde podem retirar riquezas, colocar e derrubar governos. Usam a propaganda e seguem praticando uma permanente guerra contra os povos no mundo.
Ainda assim, as classes trabalhadoras não se mobilizam, não se coesionam, não se organizam. Isto nunca será obra dos céus ou de deuses inexistentes, somente poderá ocorrer com o permanente trabalho de agitação, propaganda e organização revolucionária, negado por setores que ainda se autointitulam como esquerda. O que importa é iniciar a campanha para a próxima eleição, utilizando -se dos mesmos e carcomidos métodos das oligarquias, formando clientelas e abusando da demagogia.
Cuba, Venezuela, Nicaragua, Irã, República Popular Democrática da Coreia (RPDC) e outros povos que romperam com a dominação colonial e imperialista sofrem todos os tipos de ataques, propagandísticos, militares, políticos, econômicos e cruéis bloqueios que impedem até a chegada de medicamentos, como é o caso da Ilha Rebelde.
Esses povos resistem com coragem, ousadia e ensinam aos trabalhadores e povos de todo o mundo que é possível derrotar a burguesia e o imperialismo. Por isso são tão atacados, violentados e sabotados, inclusive por pretensos intelectuais que dizem defender a soberania e autodeterminação dos povos.
Não é possível a passividade, a covardia, a traição e o oportunismo deixarem de ser combatidos. Estas posturas são como frutas podres, contaminam o povo e dividem a luta anti-imperialista, anticapitalista e em defesa do socialismo (também negado por alguns que se dizem de esquerda).
Nunca na história da humanidade o opressor e explorador colonialista e imperialista concederam direitos ou possibilitaram que a unidade dos explorados se desenvolvesse. Dividir, confundir e mentir são ações contumazes dos inimigos da paz e da justiça. A luta dos povos e trabalhadores sempre foi a garantia do avanço rumo à dignidade humana. Exemplos não faltam. Sandino e seu pequeno exército expulsaram os marines da Nicarágua.
Nicarágua não se rende; os vietcongs resistiram e venceram, expulsaram os franceses e os EUA; os palestinos enfrentam uma máquina assassina, apoiada pelas grandes potências e seguem de pé e em combate (vencerão!); Cuba resiste ao mais longo bloqueio imposto a um povo na história; o exemplo do Exército Libertador, comandado por Simón Bolívar, segue animando e fazendo avançar a revolução Bolivariana, retomada pelo Comandante Hugo Chávez. Assim, tantos povos seguem em luta, o que aumenta a violência do imperialismo, que se utiliza do sionismo, do fascismo e do nazismo, como sempre fizeram quando estão sendo derrotados e vivem sua permanente crise.
O capitalismo é um sistema que comprovadamente não serve aos interesses dos povos de todo o mundo, é um cadáver que se sustenta como um zumbi saqueando, destruindo, roubando e matando por todo o planeta.
Diante desse quadro, a quem interessa dividir os trabalhadores se não for à classe dominante? A quem interessa negar às lutas vitoriosas de tantos povos? A quem interessa apagar as referenciais históricas dos lutadores e mártires dos povos? A quem interessa ter bons gestores do sistema, que dão uma sobrevida ao capitalismo? A quem interessa negar o socialismo?
*Pedro César Batista, jornalista, escritor e dirigente do Comitê anti-imperialista general Abreu e Lima.
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