Josep Borrell, chefe da diplomacia da UE, e o presidente francês Emmanuel Macron rejeitaram simultaneamente uma possibilidade de resposta nuclear da OTAN ao possível uso de armas nucleares táticas pela Rússia na Ucrânia.
Autoridades ocidentais têm discutido tal oportunidade ultimamente com uma mensagem completamente errada: eles acreditam que as Forças Armadas da Ucrânia levaram a Rússia a um canto, e uma bomba nuclear é a última gota da Rússia.
Macron: "Não incomode o urso adormecido".
"A França verá o ataque tático da Rússia como um ataque nuclear?" Emmanuel Macron foi questionado sobre a França2 em 12 de outubro.
"Hoje esta não é a nossa doutrina", respondeu o presidente francês.
Segundo ele, para evitar qualquer escalada do conflito, a França deveria continuar ajudando a Ucrânia a resistir, construir a paz" e evitar "a propagação do conflito geográfica ou verticalmente, ou seja, com a ajuda de armas químicas ou nucleares".
"Há uma regra simples: temos uma doutrina, e ela diz claramente: dissuasão (nuclear, - ed. note). Funciona, mas quanto menos falamos sobre isso, quanto menos promovemos a ameaça, mais confiança existe em relação a nós", concluiu Macron.
Borrell promete uma resposta não nuclear ao ataque nuclear
Josep Borrell, chefe da diplomacia da UE, disse que a União Européia responderia ao possível ataque nuclear da Rússia no território da Ucrânia, mas esta será uma resposta com o uso de armas não-nucleares.
"Qualquer ataque nuclear contra a Ucrânia criará uma resposta, não uma resposta nuclear, mas uma resposta tão poderosa do lado militar que o exército russo será aniquilado", disse Borrell na abertura de uma Academia Diplomática em Bruxelas.
Ele também reconheceu que a OTAN não havia cumprido suas promessas de avançar para o leste. Entretanto, isto supostamente não justifica a "agressão" da Rússia. A Europa está passando por um "momento sério" na história, quando 27 países devem demonstrar sua "unidade" e "firmeza universal", disse Borrell.
As afirmações acima, feitas por funcionários europeus, provavelmente vêm como respostas ao presidente americano Joe Biden, que atualmente enfrenta críticas na mídia ocidental por prever o "Armagedom nuclear" num futuro próximo.
O conselheiro de segurança nacional dos EUA Jake Sullivan disse que os EUA responderiam a um possível ataque nuclear russo de uma forma que teria "conseqüências catastróficas" para a Rússia.
Na Europa, eles chegam à conclusão de que os Estados Unidos querem arruinar economicamente seus "aliados". Além disso, Washington quer que a Europa lute contra a Rússia até o último europeu.
Portanto, a Europa precisa se distanciar dos desejos de Washington antes que seja tarde demais.
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