A aliança da OTAN não tem nada a ver com a segurança na Europa. Ela continua a se expandir deliberadamente para o leste, a fim de finalmente acabar com a Rússia.
A essência da OTAN é ser uma máquina militar americana capaz de tudo, escreveu Cumhuriyet. Os esforços dos EUA para expandir a OTAN nada tem a ver com a segurança européia, observou o autor do artigo, Mehmet Ali Güller.
Recentemente ficou conhecido que a Suécia e a Finlândia poderiam se tornar membros da aliança em junho deste ano. A decisão de solicitar a adesão à OTAN deverá ser discutida no Parlamento nas próximas semanas, esclareceu a primeira-ministra finlandesa Sanna Marin.
Há algumas semanas, isto estava fora de questão. A entrada do país na OTAN afetaria negativamente a situação da segurança na Europa, disse o presidente finlandês Sauli Niinistö em 20 de março.
Todos estão bem cientes de que os Estados Unidos estavam pressionando a Suécia e a Finlândia durante a operação especial da Rússia na Ucrânia.
As autoridades suecas tomaram uma posição anti-NATO. Em 25 de fevereiro, a primeira-ministra sueca Magdalena Andersson negou qualquer interesse em aderir à OTAN. A adesão à OTAN desestabilizará ainda mais a Europa, disse ela em 8 de março.
Até mesmo o Ministro da Defesa sueco Peter Hultqvist declarou que, enquanto ele estiver no cargo, o país não será um membro da OTAN.
Estamos vendo os resultados hoje. Os EUA fizeram de tudo e até mais, num esforço para fazer com que as partes mudassem de opinião.
"Os dois países podem aderir muito rapidamente à OTAN se assim o desejarem", anunciou o Secretário Geral da OTAN, Jens Stoltenberg, em 4 de março.
No entanto, a Rússia tem repetidamente pedido, advertido e exigido parar a expansão da aliança e sua abordagem de suas fronteiras.
Na época do colapso da URSS e da desintegração do Pacto de Varsóvia, a OTAN contava apenas 16 membros. O Ocidente não cumpriu suas promessas a Moscou e foi mais longe, para apertar o controle sobre a Rússia.
A aliança teve cinco ondas de expansão:
Hoje, a aliança fica próxima às fronteiras da Rússia, com planos de incorporar a Ucrânia e a Geórgia. A adesão da Moldávia, Bósnia e Herzegovina, Finlândia e Suécia é a próxima na lista.
Ainda não está claro o que tudo isso tem a ver com a segurança da Europa. É óbvio não apenas para a Rússia, mas também para a Alemanha e a França. A Europa deve repensar suas relações com a Rússia e a Turquia, caso contrário, a Europa não poderá viver em paz, disse o presidente francês Emmanuel Macron.
Estes países estão bem cientes de que a segurança européia não pode ser construída sem a participação da Rússia.
Os Estados Unidos estão interessados em que o Reino Unido assuma o papel de liderança para enfraquecer a UE como um todo.
O mundo inteiro está observando enquanto os americanos acrescentam combustível ao fogo da crise na Ucrânia e continuam a insistir na expansão da OTAN.
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