Bolívia: Precariedade Educacional e de Acessibilidade à Internet
Edu Montesanti
Na Bolívia, a atual pandemia que assola o mundo veio a escancar a dura realidade da sociedade local, de longuíssima data nos mais diversos segmentos para além do trágico sistema público de saúde. Um deles, é o setor educacional. Enquanto se repete, incansavelmente, o velho filme: cada governo culpabiliza o anterior.
Próximos do retorno às aulas, estudantes bolivianos enfrentam diversos desafios devido à falta de estrutura do país sul-americano, além da própria escassez de recursos financeiros das famílias.
Em El Alto, departamento de La Paz, professores manifestaram-se alarmados na última quarta-feira (9) ao constatar que seis em cada dez alunos não são capazes de se conectar as plataformas disponibilizadas pelo Ministério da Educação para ensino a distância, como medida preventiva em face ao coronavírus que se alastra desenfreadamente no país andino, que ocupa o inglório segundo lugar em mortes por Covid-19 na América do Sul. Mesmo sendo a Bolívia o sétimo país da lista, entre os latino-americanos, em termos de infectados segundo recente estudo da Americas Society/Council of the Americas (AS/COA).
No país andino, segundo estimativas oficiais apenas 1,6 milhão de alunos tem acesso à Internet, em um universo de três milhões nível nacional. Vale acrescentar: os serviços de Internet na Bolívia são, em geral, de péssima qualidade, e caros para o padrão de vida boliviano. Além de ser raríssimo encontrar sinais grátis de Internet disponíveis em locais públicos.
Foto: https://en.wikipedia.org/wiki/Bolivia#/media/File:Puerta_del_Sol_S%C3%ADmbolo_de_Tiwanaku_-_Bolivia.jpg
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