Cerca de 350 mil palestinos invadiram o Egito nesta quarta-feira, segundo Canal 1 da TV russa. Depois de vários meses de isolamento, os moradores da Faixa de Gaza sofrem com a falta de comida, combustível e remédios. Os palestinos derrubaram o muro que divide Gaza e o Egito porque os terroristas do Hamas, que comandam o território desde o ano passado, não conseguem para resolver o problema de relações com Israel. Os guardas de fronteira do lado egípcio nada fizeram para impedir a invasão palestina.
Os moradores de Gaza cruzaram a fronteira a pé, de carro ou em carroças. Foram comprar cigarros, alimentos, combustível e outros produtos em falta na Faixa de Gaza. De acordo com AP, homens armados e com as cabeças cobertas usaram explosivos para destruir boa parte da muralha, de mais de dez quilômetros. A polícia de Gaza, comandada pelo Hamas, ajudou a "organizar" o fluxo de palestinos rumo ao Egito.
O presidente do Egito, Hosni Mubarak, disse ter ordenado aos soldados da fronteira que permitissem a entrada dos palestinos -- segundo Mubarak, seus vizinhos estavam famintos. "Disse a eles para entrar, comer, comprar comida e voltar para casa, desde que não estivessem carregando armas", afirmou o presidente egípcio. Israel mostrou preocupação com o fato -- afinal, a queda da muralha pode servir para os contrabandistas de armas alimentem o Hamas de munição.
Os israelenses agora cobram os egípcios, dizendo que a ordem precisa ser restabelecida. Apesar de ter mantido suas fronteiras fechadas desde que o Hamas chegou ao poder, o governo egípcio sofre intensa pressão popular para ajudar os palestinos. Se Mubarak decidisse impedir à força a entrada dos palestinos, certamente seria alvo de críticas da população. Israel também está em situação delicada: não pode criticar duramente o Egito e arriscar um conflito com o vizinho.
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