O Presidente venezuelano denuncia o plano norte-americano para a produção de etanol e avisa o MERCOSUL a não repetir os erros do passado. Mas o povo latino-americano já demonstrou claramente que está a favor de Hugo Chavez e contra George Bush, cujo país é responsável por lançar milhões de pessoas na pobreza com políticas repressivas e imperialistas durante décadas.
Hugo Chavez, o Presidente da Venezuela, apelou para o MERCOSUL não repetir os erros do passado se não quer acabar como a CAN. Numa entrevista com a estação argentina Canal 7, declarou que Ou transformamos (o MERCOSUL) ou morreremos como morreu a CAN. Para Chavez, um novo MERCOSUL terá de ser implementado, em que os erros feitos sob a ALCA não serão repetidos.
Hugo Chavez defende a protecção dos direitos dos países menores, Uruguai e Paraguai, pelas nações maiores e mais poderosas, Brasil e Argentina, garantindo o livre comércio dos seus bens, o que não acontece actualmente.
Etanol
Chavez denunciou o plano norte-americano para produzir um cartel de etanol na América Latina como um meio para substituir a produção de comida para suster o Modo de Viver à Americana porque será necessário semear uns 20 milhões de hectares com milho para produzir um milhão de barris de etanol. Chavez descreveu como absurdo que os fazendeiros da América Latina produzam alimentos para os carros dos Senhores do Norte.
Rivais
George Bush está na América Latina para promover o plano de etanol, basicamente com um duplo objectivo de limitar os poderes económicos do petróleo de Hugo Chavez (Venezuela) e o gás natural de Evo Morales (Bolívia). Porém o povo latino-americano já fez ouvir a sua voz: os milhões de pobres neste continente, criados principalmente pelas políticas imperialistas dos EUA em apoiar regimes corruptos e fascistas, adoram o Hugo Chavez, que visita Argentina e Bolívia, enquanto a rodada de Bush inclui Brasil, Uruguai, Colômbia, Guatemala e México onde, como sempre, sua presença está provocando manifestações massivas e violentas onde quer que seja que ele se atreve a sair de um avião.
Por alguma razão será.
Márcia MIRANDA
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