Por : Pettersen Filho
Proclamado em dueto sonoro, ao fim da reunião, convocada às pressas, em Brasília, semana passada, na qual se fizeram presentes a Presidente do Chile, Michele Bachelet, e o seu colega brasileiro, Luis Inácio Lula da Silva, tão logo o Presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, anunciou a instalação de mais quatro bases Norte-americanas em seu país, Brasil e Chile disseram: Não!
Embora eloqüente, o tal pronunciamento Brasil/Chile, quem anunciaram a convocação, inclusive, da Unasul uma espécie de Conselho Sul Americano de Defesa, quem exclui os Estados Unidos, mas cuja existência, ainda, meramente no papel, sem efeitos, ou exércitos, práticos, a declaração de temor e cautela dos dois paises, ademais, não passa de retórica, sem poder de impedir o mau que se avizinha à Colômbia.
República, ora, de Aluguel, com um dos pés assentados no Oceano Atlântico, e o outro pé mergulhado no Oceano Pacífico, a Colômbia é um dos paises, geopoliticamente, mais estratégicos em toda a América Latina, com ascendência direta ao Canal do Panamá, no Panamá, outrora um Departamento pertencente a Colômbia, até que chegassem os Mariners, no Século Passado, dando origem, por dissidência e desanexação, a República do Panamá, com paradigma Norte-americano.
Assim, e de fato, o Governo Álvaro Uribe vem se mantendo no Poder, única e exclusivamente, devido ao apoio Norte-americano, na verdadeira Guerra Civil interna, que trava, frente as Farcs Forças Armadas Revolucionaras da Colômbia, quem detêm um bom bocado do Território Colombiano.
Dessa forma, valendo-se da ajuda externa Estadunidense, com homens, capital e armas, quem já detêm pelo menos uma Base Militar no país, a de Palanquero, de onde partem as missões de combate a guerrilha, inclusive o ultimo ataque bem sucedido ao Equador, além fronteiras da Colômbia, os Estados Unidos, com o acordo que dotará a Colômbia de mais quatro bases, parece haver, de fato, entregue a sua soberania, própria, ao US Army, com graves conseqüências geopolíticas para toda América Latina.
Isso, somado ao fato de que os Estados Unidos reativaram a sua IV Frota, com alcance e atuação militar por todo o Atlântico Sul, entenda-se Pré-sal brasileiro, isso trás graves conseqüências a toda Costa brasileira, e porque, não dizer, Africana, da Argélia à África do Sul, projetando todo o seu Poder e Arrogância.
País que faz fronteira com outros importantes paises, tais como a ascendente, militarmente, Venezuela, quem, parece-nos, estar sendo priorizada na Ocupação Branca da Colômbia por tropas Estadunidenses, tal realidade, diga-se de passagem, nova, vem ser fator de perturbação para toda a América Latina, com vistas as prováveis, e corriqueiras, táticas de incursões Norte-americanas, extra fronteiras, a exemplo do que faz no Oriente, ao atacar Bases Talibãns, a partir do Afeganistão Ocupado, seja na Fronteira, ou Além-fronteira, no Paquistão Aliado, assim como já o fez, no Equador.
Afinal, quem garantirá, que, em nome do combate aos narcotraficantes, ou as Farcs, quiçá, em nome da Proteção Ambiental, os Mariners não atacarão algum resquício, ou mera evidência, de Base Guerrilheira, dentro da Floresta da Amazônia Legal Brasileira, Equatoriana, Venezuelana ou Peruana.
Aliado tradicional dos EUA, desde a Ditadura Pinochet, o Chile, inclusive país com quem mantêm um Acordo Bilateral de Livre Comércio, nem ele, próprio, parece aceitar tal escalada militarista na região, quem ameaça pender a balança, de vez, para o Lado Colombiano/EUA.
Seria, enfim, uma tragédia, quem infelizmente, ao que se demonstra, ocorrerá:
Às armas, Brasil : Se queres a Paz, prepara-te para a Guerra
Obs : Antigo Ditado Romano.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter