Você consome insetos sem saber: descubra onde eles estão escondidos

A ideia de comer insetos pode causar repulsa para muitas pessoas, mas, na realidade, eles já fazem parte da nossa vida cotidiana. Produtos alimentícios e cosméticos frequentemente contêm substâncias derivadas de insetos, escondidas sob nomes técnicos ou códigos como os famosos E-números.

Nos últimos anos, a União Europeia tem explorado o potencial das proteínas de insetos como alternativa sustentável para a produção de alimentos. Porém, entre os consumidores, ainda existem muitas dúvidas relacionadas à cultura alimentar, segurança e, principalmente, ao fator de nojo.

Carmim: o vermelho vibrante que esconde insetos

Uma das substâncias mais comuns derivadas de insetos é o carmim (ou E120). Esse corante é amplamente utilizado para dar tons vermelhos e rosados a alimentos como iogurtes, sorvetes, bebidas, bolos e até donuts.

O carmim é extraído de fêmeas desidratadas do inseto cochonilha. Após a secagem e pulverização, obtém-se um pó que é usado como corante natural. Só em 2017, o Peru exportou cerca de 647 toneladas de carmim.

Se você deseja evitar o consumo de carmim, leia atentamente os rótulos dos produtos. Ele pode aparecer com os seguintes nomes:

  • carmim,
  • ácido carmínico,
  • corante natural vermelho,
  • E120.

Além de alimentos, o carmim é amplamente utilizado em cosméticos, como batons e shampoos. Segundo a PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), para produzir 500 gramas de carmim, podem ser necessários até 70 mil insetos. Por isso, a organização defende o uso de alternativas sintéticas.

A verdade sobre o shellac: brilho à custa de insetos

O shellac é outra substância derivada de insetos, usada principalmente para dar brilho a alimentos, como chocolates ou doces. Ele é produzido a partir da secreção da fêmea do inseto lac.

Embora o shellac em si não seja o inseto, seu processo de produção envolve a morte de milhares de insetos. Segundo a PETA, para produzir 500 gramas de shellac, cerca de 100 mil insetos podem morrer. Nos rótulos, ele pode aparecer como E904.

Mel, cera de abelha e própolis

Os produtos apícolas também são amplamente utilizados na indústria alimentícia e cosmética:

  • Mel: Produzido pelas abelhas a partir do néctar das flores, que é processado em seus estômagos antes de ser armazenado no favo de mel.
  • Cera de abelha: Usada para dar brilho, estabilizar ou solidificar produtos alimentícios. Pode aparecer como E901.
  • Própolis: Uma mistura de saliva de abelha, cera e resinas de plantas, usada como suplemento alimentar ou aditivo.

Por que insetos são tão populares na produção?

A utilização de substâncias derivadas de insetos é justificada por sua origem natural, eficiência e propriedades únicas. No entanto, o impacto ético e ambiental do uso desses ingredientes continua sendo debatido.

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Author`s name Petr Ermilin