Com uma acção pública no Porto e a participação numa audiência na Assembleia da República , o movimento Panteras Rosa - Frente de Combate à LesBiGayTransfobia assinalou, 22 de Fevereiro, o segundo aniversário do assassinato da transexual Gisberta , torturada e lançada a um poço por um grupo de rapazes no Porto, em 2006, dos quais um se encontra em julgamento.
No Porto, as Panteras Rosa realizaram pelas 19:45h, uma acção pública de OCUPAÇÃO CÍVICA do edifício no Campo Alegre em cujo interior foi encontrado o corpo de Gisberta no dia 22 de Fevereiro de 2006. Uma acção também de ocupação artística, com a colaboração de performers e actores/actrizes da cidade.
Em Lisboa, o movimento foi ouvido, com outros/as associações e activistas, numa audiência parlamentar sobre a realidade, a discriminação e o não-reconhecimento de protecção e direitos às pessoas transexuais ou transgéneros , a convite do Bloco de Esquerda, cuja nota de imprensa divulgamos, por se tratar da primeira consequência política palpável deste crime ocorrido há dois anos: pela primeira vez, um grupo de activistas trans é convidado a exprimir-se no Parlamento, num País que continua a não ter legislação/enquadramento legal deste grupo social nem assume ainda a necessidade de reconhecimento e protecção do direito à identidade de género.
Nota de imprensa do BE
Sabemos como esta realidade tem estado ausente da visibilidade e discussão públicas e pretendemos ouvir aqueles e aquelas que têm um maior conhecimento desta situação.
O dia 22 de Fevereiro ficou marcado como o dia em que a violência sobre @s transexuais ganhou maior visibilidade pública no nosso país, por causa do assassinato da Gisberta, no Porto. Do ponto de vista político, tem havido avanços importantes no combate à homofobia e na sua inclusão em articulados legais (Constituição da República, Código Penal, Código do Trabalho), mas a questão da identidade de género não foi então integrada nas propostas políticas discutidas.
Fonte: Panteras Rosa
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