O fato do Presidente e sua esposa se dedicarem a um comportamento sexual considerado pouco ortodoxo nas relações familiares comuns - com seguidas praticas de "ménage a trois"e "swing"; homossexualismo por parte do presidente, também um "voyer" na medida que assiste sua mulher dormir com um amante na cama do casal - seria uma justificativa para a corrupção que praticam, que vai da extorsão à chantagem e chega até o assassinato de testemunhas?
Estamos falando do casal Francis Underwood (Kevin Space) e sua mulher Claire, da série House of Cards, que o Netflix exibe atualmente.
Haveria um moralismo implícito por trás dessa história, ao tentar mostrar que pessoas que não respeitam as convenções matrimoniais são mais abertas às praticas de corrupção?
Ou, a leitura correta é a contrária, a de que os corruptos o são em todos os seus atos, inclusive na vida familiar?
O que também contraria aquela velha história de que grandes bandidos poderiam ser dóceis pais de família.
O certo é que depois de abandonar o Código Hays (Motion Picture Production Code) o cinema americano nunca mais foi o mesmo e o tradicional "american way of life" deixou de ser visto até mesmo nos filmes feitos para os matines em frente à televisão.
(Qualquer semelhança entre o casal Underwood e outros casais é mera coincidência).
Marino Boeira é jornalista, formado em História pela UFRGS
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