Uma equipa do Instituto de GeoInformação e Análise da Terra, em Moscovo, aplicou novas técnicas utilizando veículos espaciais e encontrou água a uma grande profundidade debaixo do leito rochoso extremamente duro do Saara.
A descoberta foi feita na Mauritânia, depois do governo local ter convidado a equipa para encontrar água. Anatoly Puchko, subdirector do Instituto, explicou à agência Ria-Novosti: Um grupo de cientistas russos fez pesquisas de reservas de água subterrâneas em Mauritânia, a pedido do governo local. Um novo método de exploração geológico utilizando veículos espaciais foi aplicado.
A equipa tinha descoberto água a uma profundidade de 30m. E um primeiro poço foi escavado e aberto no início de Julho. Depois, após mais estudos, descobriram uma corrente muito mais forte a uma profundidade de 250m., que jaz debaixo de uma placa rochosa extremamente dura, de rochas plutônicas. Os trabalhadores mauritânos quebraram três brocas de diamante antes de conseguirem atingir a corrente.
O que acharam surpreendeu-os. A corrente tem uma força de 32.000 litros por hora, o que se traduz em 0,5 toneladas por minuto. A equipa já recebeu convites de outros países, como por exemplo a República de África do Sul, os Emirados Árabes Unidos e Coreia do Sul, entre outros.
Este novo método vai resolver problemas de falta de água em países no Médio Oriente e na África do Norte, onde os oásis estão a desaparecer, engolidos pela areia que se alastra constantemente.
Há milhares de anos, o Saara foi um pântano. Os cientistas russos querem ajudá-lo a sê-lo outra vez.
Vasily Bubnov
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