O corpo do líder palestino foi exumado no início de 2012 para as investigações sobre o envenenamento por um elemento radioativo. (AFP)
O jornal britânico de medicina The Lancet publicou um estudo que afirma haver forte possibilidade de o antigo presidente palestino, Yasser Arafat, falecido em 2004, ter sido envenenado pelo elemento radioativo polônio 210. A mesma conclusão havia sido alcançada através de uma investigação conduzida pela emissora árabe Al-Jazeera, em 2012. Ainda assim, o jornal israelense Ha'aretz publicou um artigo, nesta segunda-feira (14), em que afirma que a morte de Arafat continua "um mistério".
Os cientistas suíços da Universidade de Lausanne descobriram altos níveis do elemento através de exames de sangue, urina e saliva encontrados nas roupas e da escova de dente do ex-presidente da Autoridade Palestina, que morreu em 2004.
Os pertences de Arafat foram entregues aos cientistas por sua viúva, Suha, através de um hospital militar perto da capital francesa, Paris, onde o ex-presidente faleceu.
A pesquisa inicial da Al-Jazeera foi conduzida por especialistas do Instituto de Radiofísica da Suíça, a partir da exumação do corpo de Arafat, justificada por haver "dúvida suficiente" sobre as causas da sua morte.
Desde fevereiro de 2012, as equipes de especialistas em toxicologia da Suíça têm tentado esclarecer a questão, mas ainda não finalizaram seus estudos e nem estabeleceram uma data para a publicação das suas conclusões.
De acordo com uma matéria do Ha'aretz, ainda de 2012, um relatório do Hospital Percy (na França, onde Arafat estava sendo tratado), "um documento de 100 páginas, cheio de contradições e questões", menciona o desaparecimento de amostras de sangue, suspeitas de contaminação pelo vírus HIV/Aids (embora não constem testes para isso em sua ficha médica), entre outras questões duvidosas.
Arafat, ainda presidente na época do seu falecimento, foi também um líder da resistência palestina contra a ocupação, na luta pela independência do Estado da Palestina, e um dos fundadores da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o único representante legítimo do povo palestino, após alguns anos na clandestinidade.
Com agências,
Da redação do Vermelho
http://www.iranews.com.br/noticia/10973/peritos-investigam-intoxicacao-do-lider-palestino-yasser-arafat
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