Alexandre Akzakof, no seu livro Animismo e Espiritismo separa os fenômenos paranormais em dois grandes grupos: aqueles que são provocados por Espíritos desencarnados e aqueles que não dependem deles para sua realização. O primeiro, dito fenômeno espirítico é o que Kardec denominou de mediúnico e que, atualmente, também é conhecido como parapsíquico ou metanímico; o anímico ou psíquico é aquele que só depende dos dotes paranormais do sensitivo, daí ele não ser considerado um médium.
por Carlos de Brito Imbassahy
(Estudo realizado na Sala Filosofia Espírita - PalTalk)
Alexandre Akzakof, no seu livro Animismo e Espiritismo separa os fenômenos paranormais em dois grandes grupos: aqueles que são provocados por Espíritos desencarnados e aqueles que não dependem deles para sua realização. O primeiro, dito fenômeno espirítico é o que Kardec denominou de mediúnico e que, atualmente, também é conhecido como parapsíquico ou metanímico; o anímico ou psíquico é aquele que só depende dos dotes paranormais do sensitivo, daí ele não ser considerado um médium.
Kardec, ao estudar os fenômenos mediúnicos, classificou-os em personalísticos e fenômenos de efeitos físicos. Deve-se a Charles Richet a denominação de fenômenos ectoplásmicos a estes últimos, todavia, só depois de 1950 é que este sábio professor da Sorbone aceitou a existência desses fenômenos como sendo de origem mediúnica.
Segundo depoimento prestado por Sir Cromwell Fleetwood Edington Varley(*) à London's Dialectical Society, deve-se a uma das aparições obtidas com a participação do médium Dunglas Home a informação de que a energia usada para realizar tais fenômenos de efeitos físicos era retirada do ectoplasma celular orgânico, daí, provavelmente, ter Richet se valido para denominá-lo como tal.
O ectoplasma, estudo no capítulo de Citologia de qualquer tratado biológico e conhecido desde o século XVII é o componente da célula orgânica que envolve o protoplasma. Atualmente, os plasmas são considerados como sendo um quarto estado da energia e que transcende à matéria. Para alguns, seria o elemento de transição entre a matéria e o espírito, todavia, ainda não existe confirmação a esse respeito.
Os estudos de Crookes foram apresentados à Coroa Britânica em 1874, motivo pelo qual, Kardec, desencarnado em 1869, não tomou conhecimento dele.
Nas primeiras edições do Traité de Metapsichique de Ch. Richet (1905) não encontra ainda referência aos estudos ectoplásmicos, todavia, pelo menos na nona edição lá, no livro III - Metapsíquica Objetiva vamos vê-lo incluir na sua relação os três grupos por ele estudados: a telecinesia, a ectoplasmia e casas assombradas (maison hanté em francês).
(...) E como não existe nenhum outro estudo didático a respeito desses fenômenos, tomei a liberdade de apresentar uma classificação baseada na própria natureza de cada fenômeno.
Assim podemos juntá-los em três grupos distintos, a saber:
1- Energéticos - são aqueles que usam a energia pura em sua ocorrência e podemos destacar o que Crookes chamou de "aparição luminosa" que funciona como se fossem fogos de artifício para formar certa figura, no caso, a do Espírito dito "materializado".
Em verdade, nesse grupo de fenômenos, não se pode tocar nele porque descarregaria sua energia e a figura desapareceria, incontinente.
Do mesmo modo, as luzes etéreas. Só que, neste caso, apenas, acendem clarões sem que se forme nenhuma imagem. Já na escrita direta, o fenômeno é curioso: o espírito imanta a folha de papel, como fazíamos, quando criança, escrevendo algo com uma ponta de sabão e que ficava invisível; ao queimarmos jornal, aquela cinza negra gruda exatamente no local onde está o sabão, destacando a figura desenhada. No caso do fenômeno ectoplásmico, o espírito "queima" esta energia que irá se impregnar no escrito ou no que fôra imantado no papel, só que, em vez de ser a cinza do jornal, é uma espécie carbônica próxima da grafita.
Temos ainda radiações ectoplásmicas usadas em curas e aplicações sobre pacientes.
2 - Potenciais - Neste caso, a energia ectoplásmica transforma-se em energia potencial capaz de realizar trabalho, conforme conceito físico.
Destaca-se a materialização opaca, tangível, denominada por Crookes como sendo "aparição estereológica", obtida por ele a partir da médium Florence Cook, cujo fantasma de Katie King foi auscultado pela equipe de estudos verificando-se que possuía reações orgânicas peculiares aos seres encarnados, como pulso e batimento cardíaco, respiração, apalpamento verificando a existência de víscera e que mais, fazendo com que Cookes supusesse que o Espírito levaria com ele, após o desencarne tais fenômenos, invertendo as idéias. De fato, ocorre o inverso: o Espírito, ao se encarnar, materializa no corpo fetal os órgãos correspondentes à sua vida espiritual, através do perispírito.
Outros tipos de fenômenos desse grupo: substanciações psíquicas, tiptologia (raps) alavanca parapsíquica, moldagens e outros fenômenos onde apenas, a energia ectoplásmica se transforma em energia física, como foi dito.
3 - Cinemáticos são aqueles em que a energiaectoplásmica se transforma em energia cinética para que possa realizar os fenômenos, como no caso de músicas transcendentais, vozes diretas, transporte de objetos, interpenetração da matéria, politropismo etérico (com destaque para a licantropia), cirurgia metassomática e outros.
Aqui fica um resumo geral classificatório dos principais fenômenos ditos ectoplásmicos.
(*) Cromwell Varley foi o engenheiro eletrônico que assistiu William Crookes nas suas experiências, responsabilizando-se pela aparelhagem adotada.
Fonte:
http://www.terraespiritual.org/espiritismo/Safesp/estudo07.html
http://www.guiasaojose.com.br/novo/coluna/index_novo.asp?id=1605
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