O Ministério da Saúde já começou a enviar os 19,5 milhões de preservativos masculinos a todos os estados do Brasil e ao Distrito Federal (veja quantidades por estado), como parte das ações de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e da aids durante o Carnaval. Esse total é 77% maior do que o do ano passado, quando foram enviados 11 milhões de unidades para as ações do Carnaval. As camisinhas distribuídas fazem parte do primeiro lote de 1 bilhão de unidades, compradas em 2007, quantidade que representa 25% de toda a produção mundial, a maior compra já feita pelo governo brasileiro.
As camisinhas são entregues às secretarias estaduais de Saúde, que as repassarão para as secretarias municipais de Saúde e organizações da sociedade civil que desenvolvem ações de prevenção. As quantidades enviadas obedecem aos planos de necessidades elaborados por estados e municípios e acordados com a Saúde. Em números absolutos, o estado que mais vai receber preservativos é São Paulo 4,6 milhões de unidades. Em seguida está o Rio, com 1,6 milhão, e o Rio Grande do Sul, com 1,4 milhão.
Além da compra feita pelo governo federal, as coordenações estaduais de DST e aids também são responsáveis pela aquisição de preservativos. Os estados do Norte, Nordeste e Centro Oeste arcam com 10% e os do Sul e Sudeste, com 20% do total estimado para cada estado. No caso dos municípios, a proporção é a mesma, só que em relação ao total comprado pelos estados.
A campanha de prevenção à aids para o carnaval 2008 foi lançada no último domingo (27) pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, no Centro Cultural Cartola, na Mangueira, no Rio de Janeiro. O lançamento contou com a presença da ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Nilcéa Freire, além de cantores, atores e de um show de ritmistas e passistas de escolas de samba, além da orquestra de violinos formada por crianças do morro da Mangueira.
O evento, que teve este ano sua terceira edição, foi promovida a marca Vista-se!, de incentivo ao uso do preservativo. Foram distribuídas aos participantes camisetas com a marca, criada por estudantes de moda da Escola de Design de Carnaval da Universidade Veiga de Almeida (UVA).
Além da distribuição de camisinhas, a campanha de prevenção às DST/aids no Carnaval é composta por filmes para a TV, peças de rádio, cartazes e panfletos. Para estrelar a campanha, foi convidada a cantora de rap e atriz Negra Li. O público-alvo são os jovens, com ênfase na mulher. As peças estimulam o sexo feminino a exigir o uso do preservativo em todas as suas relações sexuais.
As mulheres jovens foram escolhidas como público-alvo da campanha de Carnaval porque a aids afeta jovens entre 13 e 19 anos: para cada seis meninos com aids, há dez meninas. Considerando todas as faixas etárias, para cada 15 homens com aids, há dez mulheres.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da RepúblicaSubscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter