Ao mesmo tempo dois paises, os EUA e o Uruguai, pediram a extradição do israelense El Al Yoram, de 35 anos, preso no sábado no Rio em uma ação conjunta das Polícias Federal do Paraná, de São Paulo e do Rio.
Conhecido no mundo como o "czar do ecstasy" ele era procurado há dois anos pela Interpol e pelo DEA (agência de combate ao tráfico de drogas) como sendo o maior traficante de ecstasy do mundo. Yoram morava há cerca de um ano no Brasil, tendo residido em Curitiba e se mudado para o Rio há poucos dias, segundo a PF do Paraná.
O criminoso, segundo a Polícia uruguaia fugiu da prisão onde cumpria pena no Uruguai com um criminoso local. Na madrugada de 4 de outubro de 2005, os criminosos foram entregues por funcionários penitenciários a pessoas que se fizeram passar por funcionários de Informação e Inteligência, que deviam levá-los a outro centro de reclusão.
Uma investigação das autoridades uruguaias determinou que o próprio oficial a cargo da custódia entregou os presos em troca de US$ 50.000. Também outros dois policiais e sete criminosos ligados ao preso uruguaio foram presos por participar da operação.
A Polícia uruguaia recuperou US$ 100.000 dos US$ 250.000 que teriam sido usados para planejar a fuga do "czar do ecstasy", que tinha tentado fugir antes vestido de mulher, depois do que foi levado para uma prisão de maior segurança.
As autoridades do Uruguai pedirão a extradição de Yoram para que termine a condenação que cumpria neste país.
Yoram é também apontado como o responsável pelo maior carregamento de comprimidos de ecstasy já apreendido nos Estados Unidos, com cerca de 1,4 milhões de comprimidos, em 2004. Yoram teve sua prisão preventiva decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A investigação foi encaminhada pela PF do Paraná por causa do crescimento do consumo de ecstasy em boates e raves de Curitiba. O delegado Fernando Francischini, que participou da prisão do traficante, disse que muitos vendedores foram presos, mas nunca se chegava ao fornecedor das drogas.
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