Festa de despedida de solteiro terminou com morte do noivo

Os amigos celebravam nesta sábado festa de despedida de solteiro de um deles num strip-tease bar em Nova Yorque , mas acabando a festa, na rua, foram atingidos pelos disparos de policías. O noivo, Sean Bell, um jovem negro de 23 anos foi morto e dois seus amigos ficaram feridos no tiroteio.

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Os policiais dispararam 50 vezes contra o carro que levava o homem depois de o veículo ter batido em um carro da polícia que não levava identificação. Segundo a polícia, 21 tiros atingiram o veículo. As razões deste tiroteio permaneciam ontem pouco claras.

 Segundo a imprensa local, um polícia terá disparado primeiro, incitando os seus colegas a fazer o mesmo por efeito de "contágio". O polícia terá pensado que os jovens estavam armados, embora as primeiras averiguações mostrem que as vítimas estavam desarmadas.

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, disse que a polícia agiu por temer que os homens estivessem armados e fossem atirar. "Os policiais tinham razões para acreditar que um confronto envolvendo arma de fogo estava para acontecer e tentaram evitar isso", disse Bloomberg.

 Bloomberg pediu que se aguarde as conclusões do inquérito, confiadas ao procurador de Queens. "É demasiado cedo para tirar conclusões.

O clube estava sendo vigiado por causa de várias reclamaçõs sobre a presença de armas, tráfico de drogas e prostituição no local, segundo o chefe da polícia de Nova York, Raymond Kelly.
Denise Ford, a mãe de um dos feridos, é citada pelo jornal Newsday dizendo que o filho levou tiros na mão, na perna e nas násdegas.

"Eu acho que os policiais são muito nervosos e agressivos, e alguma coisa precisa ser feita a respeito disso", afirmou.

O motorista, Sean Bell, iria se casar mais tarde no sábado. Ele foi declarado morto ao chegar ao hospital. Um dos passageiros, Joseph Guzman, levou pelo menos onze tiros e está em estado grave.
O outro passageiro, Trent Benefield, levou très tiros e está em condição estável.

O chefe da polícia disse que os três homens também estavam sendo vigiados.

Ele disse que um policial que trabalhava undercover no clube disse que os três homens estavam em um grupo envolvido em uma disputada com outra pessoa do lado de fora do estabelecimento.
O policial teria chamado seus colegas dizendo temer que um tiroteio pudesse acontecer.

Quando os homens deixaram o local, o carro deles atingiu o policial disfarçado na perna e também um carro da polícia que estava sem identificação. Foi então que cinco dos sete policiais que estavam no local começaram a atirar, segundo Kelly.

Nenhuma arma foi encontrada nos três homens e nem no carro em que estavam. Uma investigação sobre o incidente foi iniciada.

Em 1999, a polícia de Nova York atirou 41 vezes e matou Amadou Diallo, que estava desarmado. Os quatro policiais envolvidos no caso foram absolvidos de todas as acusações.