Embora os resultados obtidos com a ajuda dos chamados detectores de mentiras não sejam juridicamente vinculativos, esses dispositivos ainda são usados com bastante frequência - tanto no sistema de justiça quanto em outras áreas.
Recentemente, cientistas da Universidade de Tel Aviv (Israel) desenvolveram um novo tipo de aparelho capaz de "calcular" mentiras pela contração dos músculos faciais. Segundo os desenvolvedores, esse método fornece informações mais precisas do que no caso do procedimento padrão.
Detectores "clássicos" (polígrafos) registram a resposta fisiológica do "cliente". Normalmente, primeiro são feitas perguntas neutras a uma pessoa - qual é o seu nome, quantos anos, onde ele mora, etc. Então eles passam para outras perguntas - por exemplo, eles perguntam se ele realizou determinadas ações.
Se uma pessoa conta uma mentira, ela começa a ficar nervosa, tem
aumenta a taxa de respiração,
pulso,
pressão aumenta,
sudorese aumenta
e assim por diante. Além disso, exames cerebrais mostram que a atividade de certas áreas está aumentando. No entanto, com algum treinamento, esse detector pode ser enganado.
Há também formas que possibilitam o reconhecimento de uma mentira, focando nos chamados sinais não verbais, ou “linguagem corporal”. O fato é que quando as pessoas mentem, involuntariamente fazem certos gestos, movimentos, se comportam de uma certa maneira. Por exemplo, fazem uma pausa antes de responder a uma pergunta, desviam os olhos para o lado, mexem no nariz, apertam as mãos com força ou levam-nas à boca... Embora nem sempre esse comportamento esteja associado ao desejo de mentir. Também pode ser um sinal de timidez ou nervosismo.
Pesquisadores israelenses decidiram tomar como base os trabalhos do professor Yael Hanein, nos quais é analisada a expressão do rosto de uma pessoa no momento de uma mentira. É muito difícil controlar as reações musculares, então a probabilidade de erro aqui é mínima.
Como experimento, sensores foram conectados aos rostos dos voluntários, que registraram impulsos “saltando” entre os músculos, assim como as contrações musculares. Além disso, um algoritmo especial de computador escaneou a posição das sobrancelhas e cantos dos lábios enquanto respondia a perguntas.
Os participantes do estudo foram convidados a relatar informações falsas. Ao mesmo tempo, para a pureza do experimento, outros participantes tiveram que tentar reconhecer se os sujeitos estavam mentindo ou dizendo verdade.
Na maioria dos casos, as pessoas não conseguiram identificar a mentira, mas o aparelho realizou essa tarefa com uma taxa média de 73%.
A propósito, como regra, a precisão dos detectores de mentira padrão é muito menor.
Segundo um dos autores do desenvolvimento, o professor Dino Levi, é praticamente impossível determinar com alta certeza se o seu interlocutor está mentindo ou dizendo a verdade “a olho nu”, mesmo sendo muito observador. Mas há reações nervosas e musculares que são invisíveis aos humanos, mas são registradas por sistemas eletrônicos, inclusive aqueles equipados com câmeras de alta resolução.
Especialistas esperam que tais tecnologias possam ser aplicadas com sucesso
nas investigações criminais,
bancário,
durante as verificações de segurança no aeroporto
ou entrevistas de emprego.
Embora, novamente, não seja um fato que indivíduos individuais não aprenderão a controlar com sucesso suas expressões faciais e circular a técnica em torno de seus dedos.
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