OMS apoia o reforço da vacinação e combate a tuberculose
LUANDA, 3 de Julho de 2019 - A vacinação é a medida mais eficaz e rentável para se prevenir e controlar um grande número de doenças infecciosas, incluindo o sarampo, febre-amarela, pneumonia, tuberculose, tétano materno e neonatal, meningite, rubéola e a poliomielite, que continuam a causar vários problemas entre as populações, sobretudo aquelas que vivem nas comunidades mais pobres e vulneráveis.
Apesar de se registar progressos significativos na cobertura universal de vacinação, em África, uma em cada cinco crianças não tem acesso a todas as vacinas necessárias e indispensáveis e como consequência, todos os anos, mais de 30 milhões de crianças com menos de 5 anos adoecem com doenças evitáveis pela vacinação e destas, mais de meio milhão perdem a vida.
Em Angola, dados do Ministério da Saúde demostram que, em 2018, a taxa de cobertura vacinal a nível do país foi de 84%, tendo a província de Luanda registado uma das mais baixas, estimada em cerca de 74%, o que impõe maior intervenção das autoridades sanitárias, para a prevenção de doenças e garantia da universalidade da saúde.
Por forma a contribuir na melhoria da taxa de cobertura vacinal, a OMS com o financiamento do GAVI (Aliança Mundial para Vacinas e Imunização), procedeu hoje, em Luanda, a entrega de duas viaturas ao Ministério da Saúde, para reforçar o programa de vacinação. As viaturas serão destinadas aos municípios de Belas e Cacuaco, localidades densamente populosas e com um vasto número de crianças menores de cinco anos sem acesso aos serviços de vacinação.
Comentando sobre o apoio da OMS, o Secretário de Estado da Saúde para Área Hospitalar, Dr. Leonardo Europeu disse: "o apoio da OMS vai reforçar as intervenções em curso do Governo de Angola para a cobertura universal da imunização, uma componente essencial para o alcance dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável e que consta também do Plano Nacional de Desenvolvimento de Angola". Referiu ainda que, "por outro lado, os medicamentos doados vão impulsionar o tratamento da tuberculose, doença que continua a representar um problema de saúde pública em Angola, mas pode ser controlada com a disponibilidade de meios necessários".
Segundo o Representante da OMS em Angola, Dr. Hernando Agudelo, para que todos os angolanos possam sobreviver e prosperar, o país deve intensificar os esforços para garantir que todos os seus cidadãos em idade vacinal recebam os benefícios da imunização, que salva vidas.
"Angola tem vindo a marcar passos significativos para a universalidade da saúde, porém, é necessário melhorar rapidamente o empenho na afectação de recursos a nível distrital para os serviços de cuidados de saúde primários, a fim de acelerar o acesso e a qualidade dos serviços de vacinação para todas as pessoas em necessidade", enfatizou.
O Representante da OMS mencionou também a alta incidência da tuberculose no país, onde se registam cerca de 60.000 a 70.000 mil novos casos anualmente, excluindo os casos não reportados por falta de acesso aos serviços de saúde.
Angola faz parte dos 30 países do mundo prioritários para o controlo da tuberculose, conforme definição da OMS, em função da existência no país de três principais factores de risco, nomeadamente casos de tuberculose associados ao VIH-SIDA; tuberculose resistente a múltiplos medicamentos; e a co-infecção tuberculose - VIH.
Por isso, a OMS procedeu igualmente a entrega ao Governo de Angola do equivalente a meio milhão de dólares em medicamentos, para o tratamento da tuberculose, correspondente ao tratamento completo para 11000 mil pessoas afectadas por tuberculose. Esta doação contribuirá para o reforço das iniciativas do Governo de Angola de alargar os serviços de diagnóstico e tratamento da tuberculose, a nível de todas as unidades sanitárias do país.
A cerimónia de entrega de meios da OMS ao Ministério da Saúde foi orientada pelo Secretário de Estado da Saúde para Área Hospitalar, Dr Leonardo Europeio, na companhia do Secretário de Estado para a Saúde Pública, Dr. José Cunha e do Representante da OMS em Angola, Dr. Hernando Agudelo e testemunhada por profissionais da saúde, e parceiros estratégicos da imunização e combate à tuberculose.
UNESCO Angola
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