CIentistas russos começaram ontem (24) uma expedição para o Polo Norte, que pela primeira vez explorará o fundo marítimo imediatamente debaixo do Polo Norte, informou o chefe da expedição Artur Chilingarov. A bordo do navio- laboratório Académico Fiódorov e do quebrador de gelo nuclear Rússia, os cientistas partiram desde o porto de Murmansk e chegrão o próximo domingo à zona do Polo Norte, onde se realizarão as investigações submarinas.
Pela primeira vez nas investigações russas do Árctico os batiscafos tripulados Mir-1 e Mir -2 realizarão imersões de até 4.300 metros da profundidade na zona, onde convergem os meridianos no hemisfério norte, disse o cientista. Segundo Chilingarov a expedição por duração e caráter das investigações é uma de mais importantes da Rússia e não só, pois é organizada pela inicativa do Conselho Internacional da Ciência (ICSU , siglas em inglês) e Organização Mundial de Meteorologia (WMO) e no ano marcado como IV Ano Polar Internacional ( IPY) ( síglas em inglês).
No programa do IPY participam os cientistas de 60 paises. No programa russo do IPY desde o passado mês de abril 15 cientistas russos estão numa base sobre um bloco de gelo flutuante a 17 quilómetros do Polo Norte.
Esse grupo de cientistas supõe a primeira fase da expedição Polo Norte 35 (PN-35) que com mais especialistas começará a funcionar a partir do próxomo mês de setembro sobre blocos de gelo à deriva.
A base russa estará comosta de vagões da vivenda , laboratórios , generadores eléctricos, radioemissoras, depósitos de combustível, tratores , outro equipamento , até uma pista para aterrissagem de aviões. O objetivo final do programa russo é a descoberta de jazidas de hidrocarbonetos debaixo do fundo marítimo. Além disso, à medida que o aquecimento global derrete o gelo, existe a possibilidade de se abrir um lucrativo atalho para navios passando entre a Ásia e a América do Norte. Os cientistas vão analisar tal possibilidade.
A missão é parte de uma corrida para garantir direitos sobre o Ártico, uma região de gelo rica em recursos energéticos.
Segundo o direito internacional, cinco países com territórios dentro do Círculo Ártico -- Rússia, EUA, Canadá, Noruega e Dinamarca (através de seu controle da Groenlândia) -- estão limitados a uma zona de controle econômico de 320 km ao longo de sua costa.
Mas desde 2001, a Rússia quer uma parte maior, argumentando que o fundo do mar ártico e a Sibéria são ligados através do mesmo fundo do mar continental.
Por Lyuba Lulko
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