Minc avaliou que os números são conseqüência de uma série de ações do governo. Entre elas, maior fiscalização do Ibama, que dobrou o número de multas nos sete primeiros meses deste ano, quando foram lavrados 4,2 mil autos de infração. No período, o valor das multas atingiu R$ 1,07 bilhão.
Ainda segundo ele, é preciso ter cautela, pois o desmatamento pode aumentar nos próximos meses, visto que ainda não estão criadas as bases para o desenvolvimento sustentável. E o desafio daqui para frente é criar empregos com a mesma velocidade que se reprime as atividades ilegais na floresta. "O grande esforço é mudar o modelo econômico e não guerrear com o índice do mês anterior."
De acordo com o sistema Deter - Detecção do Desmatamento em Tempo Real, do Inpe, 323 km² da Amazônia Legal sofreram corte raso ou degradação progressiva no mês passado, quando os satélites puderam observar 81% da região. Em abril, maio e junho, o Deter apontou, respectivamente, o desmatamento de 1.124, 1.096 e 870 km², números já indicativos da tendência de queda. Dos 323 km² de desmatamento verificados em julho, 235,6 km² estão no Pará. No Mato Grosso foram 32,7 km².
Resolução - O ministro destacou também a entrada em vigor, em 1º de julho, da resolução do Banco Central que incluiu critérios ambientais e fundiários para financiamento no bioma Amazônia."O Banco do Brasil e o Basa já registraram queda de pedidos de empréstimos", afirmou o ministro. Além disso, o governo fechou uma série de acordos com as cadeias produtivas da madeira, de minérios e da carne, que se comprometeram a não comprar de fornecedores ilegais. Outra mudança foi a estratégia de fiscalização nos entroncamentos rodoviários, como nas BRs 364 e 163.
"Ainda não dá para comemorar, porque o desmatamento é grande e queremos avançar com as ações do Arco Verde, ou seja, criar condições para que os 24 milhões de pessoas que residem na região vivam com mais dignidade", disse Minc. Apesar da forte queda do desmatamento em maio, junho e julho, Minc estimou que a taxa de corte raso, ou degradação progressiva, em todo o ano de 2008 ficará em patamar semelhante ao do ano passado, cerca de 12 mil km².
"Nosso objetivo não é vender boi nem ganhar dinheiro, mas proteger as unidades de conservação. Após a apreensão desses bois piratas, 36 mil outras cabeças de gado já foram retiradas, pelos donos, da estação ecológica e outras 20 mil de outra unidade de conservação, também na Terra do Meio, disse. Além disso, outras quatro mil reses também foram retiradas pelo proprietário do Parque Nacional de Jamanxim depois da operação comandada pelo próprio ministro.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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