A Federação da Rússia tornou-se o maior fornecedor de equipamento militar a países latino-americanos, superando os Estados Unidos da América entre 2008 e 2009. No entanto, o Tio Sam interfere no Brasil, nos programas de modernização militar? Se a Força Aérea Brasileira, declarou que prefere o Sukhoi SU-35 BM, porque é que Brasília pondera outras alternativas?
A venda de armas fornece segurança e proteção para o cliente, enquanto projetos conjuntos criam postos de emprego e estimulam as economias do comprador e do vendedor. Para o vendedor, contratos de manutenção e formação fornecem uma porta aberta para o fortalecimento dos laços econômicos e culturais mais a jusante.
América Latina já não o brinquedo de Washington. Na verdade, ela não é de ninguém. Políticas sensatas e socialmente progressistas varreram do poder as oligarquias fascistas assassinas apoiadas pelos EUA na maior parte do continente, e Moscou sempre foi respeitado pelo povo como um amigo e um aliado. Portanto, com a onda de Poder Popular, que recentemente despertou o continente, não constitui surpresa que os governos que deixaram de ser intimidados por seu vizinho do norte viram a Moscovo para adquirir equipamento superior a preços melhores e condições mais flexíveis.
Venezuela, Brasil e Peru foram os principais compradores de equipamento russo, seguido por Colômbia e México, enquanto a Argentina está alegadamente considerando as actuais condições interessantes de pagamento de Moscovo, e para 2010, Bolívia, Uruguai e Equador estão actualmente a negociar acordos.
Em 2009, a Federação Russa era o segundo maior fornecedor de armas no mundo após os E.U.A. e na região latino-americana, as suas vendas de armas totalizaram mais de US $ 5,4 bilhões, após um crescimento de 900 por cento de 2004 a 2009. Venezuela representou 4 bilhões de dólares, cerca de metade desta quantia a ser convertida em negócios que dão às empresas russas interesses nos campos venezuelanos de petróleo e de gás.
O estranho caso do Brasil
Quanto ao Brasil, o governo desse gigante despertado sensatamente coloca a prioridade sobre os contratos que colocam a ênfase em uma abordagem comum que ajude o país a desenvolver sua indústria bélica, mediante operações de fabrico e de transferência de tecnologia.
O que é estranho no Brasil é o fato de que as fontes Pravda.Ru têm indicado que a grande maioria dos pilotos e estrategistas da FAB (Força Aérea Brasileira) são favoráveis ao investimento na plataforma fantástica de equipamento russo, como a super-caça Yakovlev Yak-130, excelente para programas de treinamento e as operações de patrulha com seus baixos custos de compra e de manutenção. Além disso, o Sukhoi T-50 é a única caça de quinta geração, que pode ser comparada ao F-22 Raptor norte-americano. E por quê foi o Sukhoi SU-35BM, que a FAB preferia, excluído do Programa brasileiro FX-2?
Qual é o jogo que o chefe da FAB, Brigadeiro Junio Sato joga? Ou seja, o quê está ele fumando? Por quê no seu programa de re-equipamento FX-2 para a Força Aérea Brasileira, ele está considerando o Gripen sueco e Rafale francês quando há alternativas melhores e de menor custo? Alguém está influenciando alguém no Brasil para não comprar o equipamento russo? E o quê é que Junio Sato vai dizer agora, que o Sukhoi não corresponde às normas e procedimentos do governo brasileiro?
Timothy BANCROFT-HINCHEY
PRAVDA.Ru
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