Tropas russas irão tomar parte em operações militares na África Central. França e a UE têm sido incapazes de lidar com a violência desse país. A luta está começando pela posse da zona das jazidas de urânio no Chade.
Para a região de conflito deslocou 200 soldados russos e quatro helicópteros Mi-8. Neste âmbito, alguns peritos militares russos como ex-Chefe do Estado-Maior General Yuri Baluyevsky foi contra essa atitude, de enviar militares para África, temendo uma repetição do «Afeganistão em miniatura». Lembrando que recentemente os rebeldes disseram que eles estão em guerra com a França, voltamos com uma intervenção militar contra eles, bem como, com outras forças, que irão aparecer aqui sem a permissão deles. Por isso, eles prometeram abater aviões e helicópteros estrangeiros.
Porque é que a UE, representada pela França, fez esse pedido estranho para nós? As forças dos franceses para segurar o «património africano» após a redução das forças armadas, não são suficientes. Paris admitiu que, a fim de estabilizar a situação, precisa de 2500 soldados, que ele não tem. Esperava resolver este problema com a ajuda da OTAN, mas esta recusou a sua ajuda aos franceses.
A situação no Chade tem a ver com «confrontos étnicos», indicando que a «guerra nunca acaba». O segredo da contínua guerras na África, em geral, deve-se ao fato de que nos países mais pobres, existem enormes reservas de recursos naturais de urânio ao petróleo. Portanto, entre os vários grupos apoiados do exterior, se desenrola uma luta feroz ao controle deles.
O agravamento atual está diretamente ligada ao incidente no oeste de Darfur do Sudão, onde, após a descoberta de enormes reservas de petróleo em 2003, que resultou na guerra entre a população do norte, os árabes e tribos locais, que teve como consequencia a morte de 200 mil pessoas e centenas de milhares de refugiados.
O agravamento atual está diretamente ligada ao acontecimento no oeste de Darfur do Sudão, onde a situação de Darfur, no entanto, não se limitou apenas ao Sudão. Onde no território do Chade em 2005, regularmente era invadida pelos sudaneses árabes.
Os E.U.A e França, até recentemente, reconheciam o regime corrupto do Presidente Idriss Deby, que chegou ao poder através de golpe. No entanto, nem os franceses que defenderam a «liberdade, igualdade e fraternidade», nem democratas americanos com a sua democracia não tinham visto este despotismo. Aparentemente, o «ouro negro» fez-lhes cegar.
A luta atingiu o seu pico em fevereiro de 2008, quando rebeldes invadiram Ndjamen, quase derrubando o regime de Deby, salvado pelos franceses no último momento. No entanto, eles controlam apenas a cidade, e quase todo o país vive como quer.
Incapacidade de Deby para lidar com os rebeldes levou à sua substituição - no Chade operam abertamente militares americanos e franceses. Agora nós, os russos entramos nesta batalha. Nosso estoque de combustível nuclear é pouco.
Provavelmente, os franceses conseguiram seduzir a Rússia para o Chade com uma «proposta, que foi difícil de recusar». A questão e essa: quanto irá custar-nos o petróleo e urânio do Chade.
Dério Nunes
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