Pergunte a qualquer pessoa na região do Cáucaso, e ele dizer-lhe-ia para nunca depositar a confiança num georgiano, porque ele apertaria a sua mão com um sorriso e, depois, apunhalá-lo-ia nas costas. Na sexta-feira de manhã, vimos um exemplo perfeito desta traição, quando horas depois de declarar um cessar-fogo, unidades militares da Geórgia lançaram um ataque selvático contra a população civil da Ossétia do Sul.
Horas depois do Presidente georgiano Mikhail Saakashvili, o fantoche anti-democrático pró-ocidental apoiado por Washington (ataques contra políticos da oposição na Geórgia são frequentes) ter declarado um cessar-fogo unilateral, o exército georgiano lançou um ataque feroz contra a capital da província da Ossétia do Sul, Tskhinvali, com tanques e infantaria, enquanto a força aérea bombardeou uma aldeia e um comboio russo de ajuda humanitária.
De acordo com fontes no governo da Ossétia do Sul, houve muitas baixas civis na cidade de Tskhinvali, uma grande parte da qual foi destruída. O Parlamento foi incendiado e vários edifícios estão a arder. Para além disso, vários aviões Su-25 Frogfoot georgianos atacaram civis na aldeia de Kvernet e um comboio russo de ajuda humanitária.
Mas onde está a crítica do Ocidente contra este acto flagrante de crimes de guerra perpetrado pelo regime criminoso e assassino de advogado falhado Saakashvili? Apesar de o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa ter emitido relatórios diários sobre a escalada da tensão no área, e ao mesmo tempo que Moscou dobrou os seus esforços para encontrar uma solução pacífica e mutuamente aceitável, os media ocidentais têm constantemente ignorado a história enquanto Geórgia tem vindo sistematicamente a desrespeitar todos os esforços em prol da paz, enquanto realizava ataques covardes terroristas e atentados traiçoeiros como vimos hoje.
Depois, quando houver uma retaliação, Tbilisi vai chorando como uma menina de sete anos a Conselho de Segurança da ONU, representando o papel de vítima. Mas como o seu vinho, nem isso consegue fazer direito.
A pergunta se coloca, o quê está por trás da política de Tbilisi? Será que os E.U.A. querem lançar uma guerra por procuração contra a Rússia, usando o seu fantoche na área para iniciar uma escala do confronto? O quê é que Washington espera ganhar com uma tal política?
A posição da Federação Russa tem sido coerente, clara e como de costume, pelo livro de diplomacia. Moscou tem trabalhado incansavelmente nos bastidores, convocando conselhos de paz, tentando mediar entre as duas partes, sempre respeitando as duas posições e constantemente sublinhando a necessidade de encontrar uma solução que satisfaça Tbilisi assim como Tskhinvali. O Ministério dos Negócios Estrangeiros teve o cuidado de informar todos os meios de comunicação social do que vem acontecendo e sobre a crescente escalada de tensão na região.
Parece que nada muda. O Ocidente permaneceu calado, como se nada se tivesse acontecido então quando Geórgia leva uma tareia, torne-se de repente interessado, mas não relata quem começou o conflito.
Parece que nada muda. Geórgia declara que um cessar-fogo um minuto e dentro das horas comete crimes de guerra em ataques selvagens contra civis.
Parece que nada muda. As exportações as mais infames da Geórgia são seus vinhos nojentos e repugnantes produtos alimentares de perigosa baixa qualidade enquanto sua exportação mais famosa foi Josef Stalin. Talvez ele deveria ter permanecido em casa e ter concentrado mais da suas políticas por lá.
Timothy BANCROFT-HINCHEY
PRAVDA.Ru
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