O grupo extremista checheno "Riad Salikhin" reivindicou ontem (15), através de um telefonema para estação de Rádio Svoboda , a autoria do atentado contra o comboio rápido que liga Moscoг a São Petersburgo, ocorrido na noite de segunda-feira.
Um desconhecido, que se apresentou como vice-comandante do grupo "Riad Salikhin", telefonou para a redacção russa da Rádio Liberdade (estação financiada pelo Congresso dos Estados Unidos, mas com redacção na capital russa) e declarou que a acção terrorista contra o "Nevskii Express" foi obra dos separatistas chechenos. Porém, Ramzan Kadyrov, Presidente da Chechênia, declarou à agência russa Interfax que nessa república não existem grupos terroristas organizados com capacidade de executar ataques terroristas de tal envergadura.
"Trata-se da táctica querida de Raduev, Bassaev, Udugov (dirigentes da guerrilha separatista chechena) e de outros: chamar a si a responsabilidade de tudo o que acontecia no mundo. Essa táctica é conhecida e não tem nada de novo. Desse modo, os Bassaev, Udugov e Raduev tentavam justificar os enormes meios financeiros que recebiam" - sublinhou Kadyrov.
A Procuradoria-Geral da Rússia afirmou que estão a ser analisadas todas as versões possíveis no caso da explosão do comboio Moscovo-São-Petersburgo, não excluindo também o "rasto caucasiano".
Inicialmente, a autoria do atentado foi atribuído, sim, à guerrilha separatista chechena, mas, mais tarde, a polícia russa deteve dois militantes da extrema-direita suspeitos em atentado contra trem.
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