Os que pensaram que com a dissolução da União Soviética em 1991, se acabou para sempre a Guerra Fria , se equivocaram. O mito perciste e alimenta permanentemente o cérebro dos falcões neoconservadores que não estão dispostos a aceitar o surgimento de uma Rússia nova, cujo potencial energéico convertiria-la , segundo os últimos cálculos, na primeira potência da Europa para 2050.
Esta possibilidade não está nos planos dos estratégicos americanos , que desde a época de Jimmy Carter, Zbigniew Brzezinski, planejavam a desintegração da Rússia em três paises independentes. Ao ver fracassar seu projeto, ficaram atrapados, e a única ideia que lhes- chegou às cabeças era fazer ressurgir a ideia da Guerra Fria, aproveitando qualquer pretexto .
Já é bastante conhecido que a mídia principal americana, ao serviço de falcões neoconservadores , trata de desviar a opinião pública do diário fracasso que sofrem as Forças Armadas dos EUA e seus aliados em Iraque e Afeganistão. Então buscam novos mitos de perigo para o mundo civilizado ocidental. Entre estes contos ao serviço dos interesses geoeconómicos dos EUA , está por exemplo o suposto Eixo do Mal sobre qual cai todo o peso do aparato propagandistico implicado também, em alguns casos, a intervenção militar. Assím passou com a República Federal Yugoslava, depois com Afeganistão e Iraque.
Posteriormente apreceu o mito de Coréia do Norte e Venezuela sem chegar a derramar alguma gota de sangue. Agora a histeria desenvolve-se em torno da Rússia que ultrapassou as dificuldades economicas e políticas e atreve a vencer sua timidez e complexo de inferioridade histórica que foi implantado na mentalidade russa por o sofisticado aparato da propaganda ocidental nas últimas duas décadas.
Aproveitando uma mini-crise jurídica surgida entre o Reino Unido e a Rússia por causa do assassinato do um ex-membro do serviço secreto russo( FSB), Alexander Litvinenko, o patriarca de os ideólogos neoconservadores americanos, Richard Pipes declarou que a Rússia se converteu num pais mais perigoso que Osama Bin Laden. Disse que resta elaborar uma tática de dissuasão para a Rússia, especialmente na matéria económica, semellhante à que foi utilizada contra a URSS, e prever sua devolução a uma superpotência
A Rússia de hoje não é um país socialista, porém uma nação que pagou um grande preço por transferência em um país capitalista. País elabora uma ideia mental que deve unir a nação. Por isso Vladimir Putin é tanto popular na Rússia. Ele defende uma estratégia gradual da renascença nacional, sim, na base de potência energética , e porque não? Os EUA estão aburrecidos também por penetração no mercado de armamentos tradicionalmente controlado por eles. Mas este é um outro conto.
Por Lyuba Lulko
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