O Presidente russo Vladimir Putin, acusou ontem os Estados Unidos de imperialismo e de começarem uma nova corrida ao armamento e afirmou que os recentes testes com mísseis realizados por seu país tiveram como objetivo "demonstrar que a Rússia tem recursos para se defender".
"Não se deve temer as ações da Rússia, porque não têm caráter agressivo; são apenas uma resposta às ações unilaterais, injustificadas e suficientemente rígidas de nossos parceiros", disse Putin, em entrevista coletiva, depois de se reunir com o presidente grego, Karolos Papoulias
"Nossos parceiros americanos abandonaram o Tratado Antimísseis Balísticos. Nós alertamos que iríamos dar uma resposta para manter o equilíbrio estratégico do mundo", afirmou o líder russo. Putin disse ainda que seu país vai continuar a investir em ações militares do gênero.
Na terça-feira, a Rússia testou o míssil RS-24, capaz de carregar até dez ogivas.
Se referindo ironicamente aos Estados Unidos como "nossos parceiros", Putin acusou-os de encher "o Leste Europeu com novas armas".
"Uma nova base na Bulgária, outra na Romênia, uma base na Polônia, radar na República Checa. O que deveríamos fazer? Não podemos apenas observar tudo isso", disse o presidente. "Estas ações da Rússia não devem ser temidas, não são agressivas. São apenas a resposta para ações ofensivas, sem justificativa e unilaterais dos parceiros", acrescentou.
Não fomos nós que começámos esta nova vaga de corrida ao armamento, disse Putin numa conferência de imprensa no Kremlin.
As declarações de Putin, que serão populares entre os russos (dentro de um ano há eleições parlamentares) são as mais recentes de uma série de discursos duros contra o Ocidente.
Washington diz que quer prevenir ataques de Estados pária, como o Irão.
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