No domingo foram detectados mais dois focos de gripe aviária nos arredores de Moscou. Já são cinco com confirmação do vírus H5N1. As autaridades sanitárias anunciaram hoje que a cepa do H5N1 detectado na nos arredores de Moscou é de origem asiática, letal e transmissível para o homem.
"Os exames confirmaram que as mostras da ave morta contêm o vírus H5N1 da gripe aviária, que corresponde ao tipo asiático", informou hoje Alexei Alexeenko, o diretor do órgão regulador de saude animal, Rosselkhoznadzor.
Apesar de reconhecerem a gravidade da situação, os responsáveis russos estão também optimistas quanto à resolução do problema.
A situação não vai ficar pior. Talvez tenhamos mais dois ou três focos ou talvez não. Vamos livrar-nos deles e toda a história acabará", referiu Nikolai Vlasof, vice-chefe da autoridade veterinária russa.
As várias dezenas de galinhas e perus contaminados foram comprados em mercado de aves de Moscou, que já foi encerrado pelas autoridades.
Entretanto Valeri Sitnikov, o chefe dos Serviços Sanitários da Região de Moscovo, veio já admitir a possibilidade de as aves que morreram nos últimos dias com gripe terem sido infectadas intencionalmente e falou mesmo em "bioterrorismo".
O responsável lembrou que, sendo o período de incubação da gripe das aves de um ou dois dias e tendo em conta que as galinhas adquiridas no mercado das aves de Moscovo - entretanto encerrado - morreram dois dias após a compra, "é provável que elas tenham sido infectadas directamente no mercado".
Para Valeri Sitnikov, o facto de não se estar num período de migração de aves torna ainda mais estranha a origem da doença. Por estarem em causa suspeitas de "bioterrorismo", o chefe dos Serviços Sanitários esclareceu que as investigações cabem agora "ao Serviço Federal de Segurança (ex-KGB) e a outros órgão de segurança".
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