O acadêmico, ex-primeiro-ministro da Rússia e orientalista Eugênio Primakov, disse que a guerra de Israel no Líbano ultrapassou os limites de uma operação antiterrorista e tornou-se uma guerra contra a população civil.
Entrevistado pelo jornal Izvestia na segunda-feira, ele disse estar decepcionado com a posição da Casa Branca, que não exige um cessar-fogo imediato. Primakov supõe que assim os Estados Unidos queiram arrastar para o conflito também a Síria e, a seguir a esta, também o Irã, o que poderia acarretar um ataque de Israel contra o Irã.
O acadêmico considera que para achar uma saída da situação criada os quatro mediadores internacionais para o Próximo Oriente, isto é, a Rússia, os Estados Unidos, as Nações Unidas e a União Européia, deveriam elaborar, no seu dizer, um plano sábio de compromisso pacífico, levando necessariamente em conta os interesses de Israel e dos países árabes.
A Rússia apelou para um fim imediato da violência no Líbano." A tragédia de Qaná, na qual perderam a vida mais de 60 pessoas, em sua maioria habitantes civis, confirmou a necessidade de sustar as ações militares e o derramamento de sangue" declarou em Moscou o porta-voz da Chancelaria, Mikhail Kamynin.
O diplomata acentuou que é justamente este o escopo da Rússia e de uma maioria esmagadora dos outros países. Não se pode aceitar a lógica e os argumentos dos que se valem de pretextos diferentes para retardar o cessar-fogo, sobretudo considerando que a comunidade internacional já está próxima de um consenso em relação aos parâmetros fundamentais de resolução do conflito libaneso-israelense disse Mikhail Kamynin.
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