Pela primeira vez os juristas russos investigarão um crime grave cometido no território de outro Estado disse o porta-voz do Ministério Público da Rússia em entrevista ao jornal Rossiiskaia Gazeta.
O Ministério Público da Rússia impetrou ação criminal por causa do assassinato de cinco diplomatas russos no Iraque. A fase inicial do trabalho coube aos serviços de inteligência, os quais mais tarde encaminharam os resultados para o Ministério Pública federal.
A missão a cumprir agora pelos organismos de instrução judicial é supercomplicada, considerando a situação dificílima existente no Iraque, onde nos últimos tempos as forças terroristas têm vindo a intensificar pronunciadamente suas ações.
Entretanto, o Governo nacional e as tropas aliadas não estão em condições de bloqueá-las. Nessas condições, os investigadores e elementos dos serviços secretos da Rússia deverão trabalhar em contato permanente com as autoridades iraquianas e as respetivas entidades oficiais dos Estados Unidos.
Washington, recorde-se, ofereceu ajuda a Moscou logo depois do crime contra os cidadãos russos. Essa postura enquadra-se logicamente nos marcos da cooperação entabulada pela Rússia com os Estados Unidos no combate ao terrorismo.
As Nações Unidas admitem a possibilidade de ataques sobre bases de terroristas, caso se disponha de uma informação exata sobre sua localização. Logo depois do assassinato de uns funcionários da Embaixada russa em Bagdá, o presidente Vladimir Putin prometeu que os terroristas autores desse crime serão mais cedo ou mais tarde encontrados e sofrerão o merecido castigo.
A impetração, pelo Ministério Público da Rússia, de uma ação judicial contra os seus assassinos prova ter sido iniciado um trabalho concreto na realização desse propósito.
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