A Câmara Baixa do Parlamento federal da Rússia conclamou o Parlamento ucraniano a impedir a entrada desse país na NATO. O apelo emitido pelos deputados russos «seriamente preocupados com a intenção oficialmente anunciada pela Ucrânia de aderir à NATO acentua que eles respeitam a soberania da Ucrânia, porém entendem que sua adesão à Aliança do Atlântico Norte vai acarretar umas consequências prejudiciais para todo o conjunto de relações entre os dois povos irmãos.
Depois de os deputados terem aprovado por larga maioria (435 votos a favor e uma abstenção) essa mensagem dirigida aos parlamentares ucranianos, perante a Duma falava o chefe da diplomacia russa Serguei Lavrov . Segundo ele: «A adesão à NATO de países como a Ucrânia e a Geórgia significará, sem qualquer dúvida, uma mudança geopolítica colossal."
Um dos objectivos definidos pelo presidente ucraniano, Viktor Yuchenko, eleito em finais de 2004, foi o da adesão a prazo da Ucrânia à Aliança Atlântica, apesar de boa parte da população se mostrar contrária.
A polémica surgiu de novo nos últimos dias devido à preparação do exercício da NATO «Sea Breeze 2006», previsto para decorrer entre 17 de Junho e 2 de Agosto na Crimeia, que desencadeou manifestações da pupulação naquela península ucraniana. O parlamento da Crimea declarou a península como a "zona livre da NATO."
O exercício da NATO, que decorre regularmente na Ucrânia desde 1997, continua em suspenso à espera da posição do Parlamento ucraniano que deverá pronun ciar-se em breve sobre a questão.
Sábado, o influente jornal diário ucraniano Dzerkalo Tyjnia acusou os serviços especiais russos de terem organizado os protestos anti-NATO na Crimeia. Os legisladores russos qualificaram de infundadas estas acusações .
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter