De acordo com as informações da Folha Online, ontem o TRF-1 (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região revogou a prisão do diretor-executivo da Polícia Federal, Romero Menezes, preso por suspeita de vazamento de informações sigilosas da Operação Toque de Midas, além da prática dos crimes de advocacia administrativa, corrupção passiva e tráfico de influência. Segundo a PF, ele foi solto por volta da 1h desta quarta-feira.
Em nota, o TRF-1 informa que a prisão temporária foi decretada para que se cumprisse ordem de busca e apreensão determinada pela Justiça Federal do Amapá. "O desembargador federal Jirair Aram Meguerian, presidente do TRF-1, entendeu que, uma vez colhida a prova, não haveria necessidade de manter a prisão, já que esta fora decretada como imprescindível para a coleta de prova", diz a nota.
A Procuradoria da República no Amapá informou que "as prisões foram decretadas com objetivo de evitar empecilhos à investigação [...], que tem como objetivo apurar o vazamento de informações sigilosas relativas à operação Toque de Midas, assim como eventuais crimes de formação de quadrilha, concussão, advocacia administrativa, estelionato e uso de documento falso".
A ordem de prisão contra Menezes foi dada pelo diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa. O ministro Tarso Genro (Justiça) disse ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a prisão de Menezes causou constrangimento.
Menezes foi preso num desdobramento das investigações da Operação Toque de Midas, realizada em julho deste ano contra fraudes em processo licitatório de concessão da estrada de ferro do Amapá.
Reportagem da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL) informa que Menezes é suspeito de beneficiar o irmão, José Gomes de Menezes Júnior--também preso ontem-- com informações privilegiadas.
Menezes teria utilizado da sua prerrogativa de diretor da PF para conquistar vantagens para a empresa de vigilância do irmão que presta serviços no Amapá à EBX --pertencente ao empresário Eike Batista. Também foi preso ontem Renato Camargo dos Santos, diretor da MMX, empresa subsidiária da EBX.
Em nota, a PF informou ontem que "os dois investigados ligados ao grupo buscavam facilidades junto à Polícia Federal para proveito das empresas, como fraude na inscrição para curso especial de supervisor de segurança portuária, credenciamento para instrutor de tiro sem análise dos requisitos legais, entre outros".
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