A Polícia Civil de São Paulo que investiga o assassinato de dois garotos de 12 e 13 anos em Ribeirão Pires ( no Grande de SP) acredita que a versão do pai é mais lógica do que o relato apresentado pela madrasta.
O pai disse, segundo a polícia, que matou o filho mais novo estrangulado na sala da casa e que, simultaneamente, a madrasta assassinou o mais velho com uma facada no quarto. A mulher relatou, de acordo com a polícia, que seu marido matou os dois garotos por sufocamento na sala, e que ela ajudou a esquartejá-los.
Por enquanto, a polícia diz que não será preciso encenar a versão dela. Segundo o delegado Adilson de Lima, do departamento de homicídios da Seccional de Santo André - responsável pela área de Ribeirão Pires - a versão do pai é mais coerente por vários indícios.
Um deles é o fato de a perícia ter identificado manchas de sangue no quarto, indicando que algo aconteceu neste cômodo, o que contraria a versão da madrasta. Lima diz que pode haver acareação entre os dois suspeitos para se tentar chegar a uma versão final.
O delegado afirmou ainda que o crime pode ter sido premeditado, pois os primeiros dados indicam que os assassinatos foram simultâneos. "Se ela não tivesse participado do crime, vendo o marido cometendo aquilo ela teria tomado alguma providência, teria chamado a polícia, feito alguma coisa", afirmou Lima.
A madrasta se recusou a colaborar com a reconstituição. De acordo com a versão do pai, após a morte dos garotos, os corpos foram levados para a cozinha e em seguida para o corredor, onde foram envolvidos em um lençol. Em seguida, o pai disse que jogou um líquido que pode ser querosene e ateou fogo. Segundo relato do suspeito, os corpos ficaram queimando durante 1h30. "Ele pensou que virariam cinzas, mas não virou e a substância [que pode ser querosene] acabou. Então eles decidiram esquartejar", contou o delegado.
Segundo Lima, os dois repartiram os corpos em pedaços usando uma faca de cozinha e uma foice e, em seguida, colocaram as partes em cinco sacos de lixo. O pai contou que foi tomar banho para poder seguir para o trabalho e a madrasta ficou responsável por distribuir os sacos de lixo pela rua.
A perícia ainda não concluiu a causa da morte das crianças.
A única certeza é que, depois de mortas, elas foram queimadas e, em seguida, esquartejadas. Segundo Gonçalves, isso será feito com base na reconstituição e nos exames das partes dos corpos encontradas. "Vamos fazer um laudo policial conclusivo e irrefutável na esfera judicial." As informações são da Globo News.
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