A mãe da modelo cazaque da origem russa Ruslana Korshunova pediu que a polícia de Nova York reabra as investigações da morte de sua filha. Ela descarta a versão oficial de suicídio e critica a rapidez com que as autoridades chegaram a essa tese. A amiga da modelo Kira Titeneva também tem duvidas quanto à versão oficial, segundo escreve o jornal "New York Daily News".
O jornal inglês "Telegraph" publicou, no último dia 2, que surgiram na internet teorias culpando a máfia russa pela morte de Ruslana. O jornal "Los Angeles Times" também registrou as especulações de que a máfia, com atuação também em Paris e Nova York, controla a vida de jovens modelos agenciando também trabalhos de prostituição. Segundo os amigos, Ruslana falava em largar o mundo da moda.
Ruslana, 20, morreu no último dia 28 de junho, após cair do nono andar do edifício em que morava em Manhattan. Não foi encontrado nenhum bilhete. No dia seguinte, a polícia informou que a modelo se jogou da janela do prédio.
"Eu perguntei ao detetive de que andar ela saltou e ele disse 'quem se importa...poderia ser de qualquer um'. Ele não soube responder a nossas perguntas", disse Kira Titeneva, a melhor amiga da modelo, em entrevista ao jornal.
Valentina Kutenkova, a mãe de Ruslana, afirmou à publicação que os policiais não investigaram a obra de construção que fica ao lado da varanda do apartamento da modelo.
"Talvez houvesse alguém lá", disse Valentina.
Após a publicação no jornal a polícia respondeu e insistiu na tese do suicídio, atribuindo o pedido da mãe de reabertura à emoção de perder um filho de forma trágica. Segundo a polícia, no corpo da Ruslana não foram encontradas as marcas de agressão nem de luta no corpo da modelo.
Para sustentar a tese de suicídio, já foram divulgados que Ruslana enfrentava problemas financeiros e amorosos, além de ter tentado se matar outras vezes. Ela teria uma dívida de US$ 500 mil, estava triste devido à solidão e se apaixonou por um russo casado, que a dispensou alegando que sua mulher estava grávida
Eu esperava mais da América. Eu quero saber o que exatamente aconteceu. Ela não tinha um único motivo para fazer isso [suicídio] e tinha mais de 1.001 motivos para viver", disse a mãe.
A imprensa norte-americana tem motivos para dar espaço a suspeitas sobre os procedimentos da polícia. Em novembro de 2006, a atriz Adrienne Shelly foi encontrada morta em seu banheiro. A polícia divulgou que o enforcamento tinha sido suicídio, mas depois se descobriu que ela havia sido assassinada por um vizinho, a quem ela havia ameaçado denunciar à polícia por furto.
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